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      Xi Jinping visita países do Sudeste Asiático em meio à intensificação da guerra comercial com os EUA

      O presidente chinês busca consolidar laços estratégicos com Vietnã, Malásia e Camboja, fortalecendo a integração econômica com a ASEAN e o RCEP

      Xi Jinping (Foto: Xinhua)
      José Reinaldo avatar
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      247 - O presidente da China e secretário-geral do Comitê Central do Partido Comunista Chinês, Xi Jinping, realizará uma série de visitas de Estado ao Vietnã, Malásia e Camboja entre os dias 14 e 18 de abril. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (11) pela agência Xinhua, em comunicado do Ministério das Relações Exteriores da China.

      A viagem ocorre em um contexto de acirramento da guerra comercial contra a China declarada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. 

      A reação chinesa na diplomacia econômica visa aprofundar alianças no Sudeste Asiático, especialmente com os países membros da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), com os quais Pequim já mantém laços econômicos sólidos, impulsionados pelo Acordo de Parceria Econômica Regional Abrangente (RCEP, na sigla em inglês), maior tratado de livre comércio do mundo.  A ASEAN é atualmente o maior parceiro comercial da China e o RECEP beneficia todas as partes envolvidas. 

      Na quarta-feira (9), o Ministro do Comércio da China realizou uma videoconferência com Tengku Zafrul Abdul Aziz, Ministro do Investimento, Comércio e Indústria da Malásia (MITI), presidente rotativo da ASEAN em 2025, durante a qual as duas partes tiveram uma troca de opiniões aprofundada e franca sobre o aprimoramento da cooperação econômica e comercial entre China, Malásia e China e ASEAN, e a resposta conjunta às chamadas tarifas recíprocas impostas pelos EUA.

      Conforme anunciado, Xi visitará o Vietnã entre 14 e 15 de abril, atendendo ao convite do secretário-geral do Comitê Central do Partido Comunista do Vietnã, To Lam, e do presidente da República Socialista do Vietnã, Luong Cuong. Em seguida, entre os dias 15 e 18, fará visitas oficiais à Malásia e ao Camboja, por convite do rei da Malásia, Sultan Ibrahim, e do rei cambojano, Norodom Sihamoni.

      As visitas de Xi Jinping não se restringem ao terreno diplomático. Representam uma estratégia clara de aprofundamento da cooperação econômica, tecnológica e política com países que compartilham interesses geopolíticos na região asiática. 

      A visita ao Vietnã tem caráter estratégico no âmbito de relações de cooperação também política entre dois países liderados por partidos comunistas. 

      Na Malásia, o governo chinês deve intensificar projetos de infraestrutura ligados à Iniciativa do Cinturão e Rota (BRI), com investimentos em portos, ferrovias e parques industriais. O país também é peça-chave no fornecimento de semicondutores e produtos eletrônicos, setores duramente afetados pelas restrições comerciais impostas por Washington a empresas chinesas.

      Já no Camboja, tradicional aliado de Pequim, a visita deverá reafirmar o apoio político bilateral e anunciar novos investimentos chineses em áreas como energia, agricultura e segurança. O país tem sido uma das vozes mais firmes dentro da ASEAN a favor da cooperação com a China, contrastando com a postura mais cautelosa de outras nações do bloco.

      A China tem apostado em alianças regionais para contornar o cerco imposto pelos Estados Unidos no campo econômico e tecnológico. Nesse cenário, o RCEP — que reúne 15 países da Ásia e do Pacífico, incluindo os dez da ASEAN, além de China, Japão, Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia — se torna um pilar da estratégia chinesa de integração econômica multilateral. Juntos, os países do RCEP representam cerca de 30% do PIB mundial e da população global.

      As visitas também sinalizam o esforço da diplomacia chinesa para consolidar a presença de Pequim no Sul Global, aprofundando os vínculos com países em desenvolvimento que compartilham uma visão multipolar do sistema internacional. Em meio às tensões crescentes com os EUA, a agenda de Xi Jinping no Sudeste Asiático reforça a mensagem de que a China continua aberta à cooperação internacional, dentro de uma lógica de respeito mútuo e benefício compartilhado.

      A expectativa é que as viagens resultem na de novos acordos econômicos e declarações conjuntas de fortalecimento dos laços bilaterais e regionais. 

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