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      Xi Jinping emerge como defensor do desenvolvimento pacífico, multilateral e compartilhado

      Trajetória do líder chinês reafirma compromisso com segurança coletiva, diplomacia multilateral e justiça na governança global

      Presidente da China, Xi Jinping, em Phnom Penh, no Camboja - 17/04/2025 (Foto: Agence Kampuchea Press/Handout via REUTERS)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 - O vaso de bronze "Zun da Paz", entregue por Xi Jinping à ONU em 2015, permanece em destaque na sede das Nações Unidas em Nova York. Mais que um presente cerimonial, a peça simboliza a profunda convicção do líder chinês de que a paz, o desenvolvimento e a cooperação internacional devem ser os pilares da ordem mundial. Em tempos marcados por conflitos e incertezas, Xi emerge como um defensor firme da diplomacia, do multilateralismo e de uma reforma no sistema de governança global.

      A agência estatal Xinhua publicou nesta semana uma ampla análise sobre o papel de Xi Jinping como formulador de uma política externa voltada à promoção da paz global. A reportagem destaca os marcos de sua atuação internacional, como a mediação entre Arábia Saudita e Irã, a proposta de resolução pacífica para a crise na Ucrânia, e a criação de grandes iniciativas de desenvolvimento global voltadas especialmente aos países do Sul Global.

      Paz como fundamento da civilização - O pensamento de Xi sobre a paz encontra raízes na história e na cultura tradicional chinesa. Citando clássicos como "A Arte da Guerra", ele defende que “todos os esforços devem ser feitos para evitar uma guerra” e que os conflitos só devem ser tratados com extrema cautela. Em seu discurso na sede da ONU em Genebra, em 2017, reforçou esse princípio como um valor civilizacional.

      "A história nos disse para ficarmos em alerta máximo contra a guerra", declarou o presidente chinês. "A história também nos disse para preservar a paz com muito cuidado, pois a paz, assim como o ar e a luz do sol, dificilmente é percebida quando as pessoas estão se beneficiando dela, mas nenhum de nós pode viver sem".

      Ao longo dos anos, Xi tem reforçado que a China não buscará hegemonia nem qualquer forma de expansão. Em 2014, ao visitar a França, reinterpretou a clássica metáfora de Napoleão sobre a China como um "leão adormecido". Segundo ele, “a China, o leão, acordou. Mas é um leão pacífico, amigável e civilizado".

      Diplomacia ativa e multilateralismo real - Para Xi, os desafios globais não podem ser resolvidos por potências isoladas. Em suas palavras, "os assuntos internacionais devem ser decididos por meio de consultas entre todos os países, e não por um país ou alguns países". Ele propõe o verdadeiro multilateralismo como antídoto ao hegemonismo e ao protecionismo.

      Entre os exemplos práticos dessa abordagem, destacam-se a criação do grupo “Amigos da Paz” na ONU – do qual o Brasil é integrante – e a iniciativa de mediação entre Teerã e Riad, que levou à retomada das relações diplomáticas entre Irã e Arábia Saudita em 2023.

      Xi também apresentou uma proposta de quatro pontos para a crise ucraniana, que inclui o respeito à soberania dos países, a observância da Carta da ONU, o reconhecimento das preocupações legítimas de segurança de todos os envolvidos e o apoio a soluções pacíficas.

      Segurança coletiva e iniciativas globais - Desde 2014, Xi Jinping defende uma nova arquitetura de segurança baseada no conceito de “comunidade de segurança indivisível”. Essa visão foi consolidada na Iniciativa de Segurança Global, lançada oito anos depois. Ele resume essa ideia como “diálogo em vez de confronto, parceria em vez de aliança e resultados ganha-ganha em vez de soma zero”.

      Na concepção de Xi, a paz duradoura só é possível quando aliada ao desenvolvimento sustentável. “A árvore da paz não cresce em uma terra estéril”, costuma afirmar. Com essa lógica, impulsionou programas como a Iniciativa Cinturão e Rota e a Iniciativa de Desenvolvimento Global, mobilizando quase US\$ 20 bilhões e viabilizando mais de 1,1 mil projetos em 160 países.

      Atualização da governança global - Um dos principais focos da política externa chinesa sob Xi Jinping é reequilibrar a governança global. Ao visitar o Novo Banco de Desenvolvimento, em Xangai, Xi o qualificou como uma “iniciativa pioneira para a unidade e o autoaperfeiçoamento do Sul Global”. Ele também teve papel central na ampliação do BRICS em 2023, reforçando a representação de economias emergentes.

      Durante a cúpula do G20 em Bali, Xi foi o primeiro a defender publicamente a inclusão da União Africana como membro permanente do grupo, gesto que exemplifica sua insistência na inclusão do Sul Global nas instâncias de poder internacional.

      Um papel crescente no cenário internacional - Segundo o ex-secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, “a China está desempenhando um papel cada vez mais importante no cenário mundial, e Xi tem demonstrado uma liderança proativa e crucial”. Ban acrescenta que “ele sempre acredita que a China só pode se sair bem quando o mundo está se saindo bem, e quando a China se sai bem, o mundo fica ainda melhor”.

      Nas palavras de Xi Jinping: “cada aumento da força da China é um aumento das perspectivas de paz mundial”.

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