Unilateralismo e hegemonismo não têm apoio dos povos, afirma Xi Jinping
Em encontro com Hun Sen, presidente da China critica guerras comerciais e defende soberania e segurança como prioridades dos países
247 – Durante reunião realizada nesta quinta-feira (17), em Phnom Penh, capital do Camboja, o presidente da China, Xi Jinping, afirmou que “unilateralismo e hegemonismo não recebem o apoio dos povos”. A declaração foi feita durante um encontro com o presidente do Senado cambojano e líder do Partido do Povo do Camboja, Samdech Techo Hun Sen. A informação é da agência chinesa Xinhua.
Xi condenou as guerras comerciais por minarem o sistema multilateral de comércio e por desestabilizarem a ordem econômica global. “As guerras comerciais prejudicam o sistema multilateral de comércio e desorganizam a ordem econômica mundial”, afirmou.
Durante a conversa, Xi Jinping defendeu que todos os países devem manter firmemente em suas próprias mãos “as rédeas da segurança nacional e do desenvolvimento”. Segundo ele, a soberania política e econômica deve ser prioridade em um mundo cada vez mais marcado por tensões geopolíticas. O líder chinês também reiterou que a China continuará a manter a “continuidade e a estabilidade da diplomacia com os países vizinhos”.
O encontro reforça a parceria estratégica entre China e Camboja, que têm fortalecido suas relações diplomáticas e econômicas nos últimos anos. Hun Sen, uma figura de longa data na política cambojana, é um aliado próximo de Pequim e tem desempenhado papel importante no estreitamento dos laços entre os dois países.
As falas de Xi ocorrem em um contexto internacional de crescente confronto comercial, particularmente entre os Estados Unidos e outras potências. Em seu segundo mandato, o presidente norte-americano Donald Trump tem adotado políticas cada vez mais protecionistas, reacendendo debates sobre o impacto do unilateralismo no comércio global.
A mensagem de Xi, ao criticar diretamente essas práticas, reforça a aposta chinesa em uma ordem internacional baseada no multilateralismo e na cooperação entre nações soberanas. O discurso também sinaliza uma postura de resistência a qualquer tentativa de imposição de modelos econômicos ou políticos por parte de potências hegemônicas.
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