"Trump não quer mais alimentar o vira-lata nazista em Kiev", diz Medvedev

247 - O ex-presidente russo e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, reagiu à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de suspender a ajuda militar à Ucrânia. Em uma postagem nas redes sociais, Medvedev afirmou que Washington finalmente percebeu que estava "alimentando um vira-lata nazista em Kiev" e que agora busca uma maneira de se livrar do problema.

“A Casa Branca já entendeu que o cão parasita e enlouquecido é perigoso. É melhor sacrificá-lo silenciosamente”, escreveu Medvedev.

Trump corta apoio e endurece críticas a Zelensky - A decisão de Trump, confirmada por um alto funcionário da Casa Branca sob condição de anonimato, marca uma mudança significativa na relação entre os Estados Unidos e a Ucrânia. A suspensão da ajuda militar ocorre após um confronto entre Trump e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na última sexta-feira (1º), na Casa Branca. Durante o encontro, Trump criticou Zelensky por sua falta de gratidão pelo apoio financeiro e militar fornecido por Washington desde o início da guerra contra a Rússia.

A Casa Branca, no entanto, não esclareceu o escopo da suspensão, nem o montante exato da assistência afetada. O Pentágono tampouco forneceu detalhes adicionais. 

A medida gerou forte reação entre aliados ocidentais, especialmente na União Europeia. Países como França e Reino Unido buscam agora articular uma estratégia para manter o e à Ucrânia, enquanto algumas nações discutem o envio de tropas caso seja firmado um cessar-fogo. No entanto, sem o respaldo norte-americano, a viabilidade dessas iniciativas é incerta.

Na segunda-feira (3), Trump reforçou sua irritação com Zelensky, reagindo a uma reportagem da Associated Press que citava o presidente ucraniano dizendo que o fim da guerra estava "muito, muito distante". O republicano respondeu de forma contundente em sua rede social, Truth Social: “essa é a pior declaração que Zelensky poderia ter feito, e os EUA não vão tolerar isso por muito mais tempo!”, escreveu Trump.

Apesar do ime, o presidente norte-americano indicou que um acordo para exploração de minerais ucranianos por empresas dos Estados Unidos ainda poderia ser firmado. Desde a invasão russa há três anos, os EUA destinaram US$ 175 bilhões em assistência financeira e militar à Ucrânia, segundo o Comitê para um Orçamento Federal Responsável. Para Trump, um acordo mineral poderia ser uma forma de recuperar parte dos recursos investidos no país.

Questionado sobre o futuro desse acordo, Trump afirmou: “não, eu não acho que esteja morto”. O presidente prometeu atualizações sobre a questão em seu discurso ao Congresso nesta terça-feira (5).