Trump e Zelensky assinam hoje acordo sobre minerais em meio a tensões políticas
O encontro ocorre em um momento crucial para a relação entre os dois países
247 - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reúnem nesta sexta-feira (28) para formalizar um acordo estratégico sobre minerais. O encontro ocorre em um momento crucial para a relação entre os dois países, em meio a mudanças na abordagem dos EUA sobre a guerra na Ucrânia, destaca reportagem da Reuters.
Desde sua eleição, Trump tem demonstrado uma postura distinta em relação ao conflito ucraniano, em contraste com a istração Biden. O republicano manifestou o desejo de encerrar rapidamente a guerra e reaproximar-se de Moscou, o que tem gerado preocupação entre aliados europeus e ucranianos.
O acordo a ser firmado nesta sexta-feira concede aos Estados Unidos o as vastas reservas minerais da Ucrânia, incluindo elementos estratégicos como terras raras. No entanto, o tratado não inclui garantias formais de segurança por parte dos EUA, algo que Kiev esperava como contrapartida. Em vez disso, os recursos minerais serão utilizados para recuperar parte dos gastos bilionários feitos pelos EUA no apoio militar à Ucrânia, através de um fundo de reconstrução conjunto entre os dois países.
A decisão de Trump de priorizar acordos econômicos em detrimento do e militar e diplomático tradicional tem gerado divisões dentro do Congresso e entre os aliados da OTAN. A postura menos comprometida com a segurança europeia contrasta com décadas de envolvimento norte-americano no continente.
Nos últimos dias, Zelensky e Trump travaram um embate público sobre a condução da guerra. Trump chegou a chamar o presidente ucraniano de “ditador” e cobrou que aceitasse rapidamente os termos do acordo. Contudo, durante uma coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro britânico Keir Starmer, Trump amenizou suas críticas, elogiando o exército ucraniano e afirmando que os esforços para encerrar a guerra estão avançando rapidamente.
Starmer, por sua vez, defendeu uma solução “dura e justa” para o conflito, ressaltando que a Ucrânia deve ter um papel central na negociação da paz. O premiê britânico ainda sugeriu o envio de tropas do Reino Unido para missões de paz, uma proposta que não foi endossada por Trump.
Pelo acordo assinado, a Ucrânia destinará 50% da receita gerada pela exploração de seus recursos naturais ao fundo de reconstrução istrado em parceria com os EUA. Os ativos incluem minerais, petróleo, gás natural, além de infraestrutura estratégica como terminais de gás liquefeito e portos.
Enquanto Kiev busca garantir e contínuo, Trump parece focado em redefinir os termos do relacionamento bilateral, priorizando ganhos econômicos e reduzindo o envolvimento militar dos EUA na região. Resta saber se a nova abordagem resultará em um desfecho favorável para a Ucrânia ou se consolidará um enfraquecimento do apoio ocidental ao país.
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