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      Trump demite 6 mil funcionários da receita federal americana em meio a cortes no governo dos EUA

      Desmonte da receita federal faz parte da ofensiva para reduzir o Estado e enfrenta resistência judicial

      Receita Federal dos Estados Unidos (Foto: Reuters)
      Redação Brasil 247 avatar
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      Reuters – O governo de Donald Trump iniciou uma onda de demissões na Receita Federal dos Estados Unidos (IRS, na sigla em inglês), com a dispensa de cerca de 6.000 funcionários, o que representa aproximadamente 6% da força de trabalho do órgão. As demissões fazem parte de um amplo esforço da Casa Branca para reduzir o tamanho do governo federal, atingindo diversas áreas, como reguladores bancários, serviços florestais e programas de pesquisa científica. O movimento é liderado pelo bilionário da tecnologia Elon Musk, o maior doador da campanha de Trump. Durante a Conferência de Ação Política Conservadora (AC), em Maryland, Musk chegou a receber uma motosserra do presidente argentino Javier Milei, como símbolo do corte de gastos públicos. "Esta é a motosserra da burocracia", declarou Musk, segurando a ferramenta no palco do evento.

      A decisão de Trump tem sido contestada por sindicatos, que tentam barrar as demissões na Justiça. No entanto, um tribunal federal em Washington decidiu, na última quinta-feira (20), que os cortes podem seguir adiante.

      A diretora de aquisição de talentos do IRS, Christy Armstrong, emocionou-se ao anunciar as demissões em uma ligação com funcionários. "Ela estava bastante abalada", relatou um dos trabalhadores presentes na chamada. O número total de dispensados pode chegar a 6.700, segundo fontes, e os cortes devem atingir agentes de fiscalização, funcionários do atendimento ao público, especialistas em disputas tributárias e técnicos de TI, espalhados por todos os estados do país.

      A expansão do IRS havia sido uma das políticas do governo do ex-presidente Joe Biden, que destinou recursos para aumentar a fiscalização sobre grandes contribuintes e reduzir déficits trilionários. Antes da posse de Biden, o IRS empregava cerca de 80.000 pessoas, número que subiu para 100.000 sob sua gestão. Os republicanos criticaram a ampliação do órgão, argumentando que ela poderia levar a abusos contra cidadãos comuns.

      Para Philip Hackney, professor de direito tributário da Universidade de Pittsburgh e ex-advogado do IRS, a medida representa um enfraquecimento da fiscalização sobre os mais ricos. "Isso garantirá que o IRS não vá atrás dos mais ricos e se torne uma agência focada apenas nos trabalhadores de baixa renda. É uma tragédia", disse à Reuters.

      Os cortes também fazem parte de um esforço maior da Casa Branca para reestruturar a istração federal. O governo Trump planeja dissolver a liderança do Serviço Postal dos EUA e incorporar a agência ao Departamento de Comércio, segundo revelou o Washington Post.

      Nos escritórios do IRS em Kansas City, os trabalhadores receberam a notícia por e-mail, após terem outras funções bloqueadas em seus computadores. "O que o povo americano precisa entender é que os fundos arrecadados pelo IRS financiam muitos programas essenciais", afirmou Shannon Ellis, líder sindical local.

      A Casa Branca não divulgou um número total de funcionários públicos que pretende demitir, mas fontes indicam que cerca de 75.000 aceitaram um pacote de demissão voluntária na última semana. Os cortes têm sido celebrados por republicanos, que veem o funcionalismo como inchado e ineficiente. Ao mesmo tempo, agências que regulam grandes empresas, incluindo algumas das que fiscalizam as companhias de Musk, como SpaceX, Tesla e Neuralink, também estão sendo reduzidas.

      A estratégia faz parte de um plano para reduzir pelo menos US$ 1 trilhão do orçamento federal de US$ 6,7 trilhões, sem afetar programas populares de benefícios sociais. No entanto, opositores acusam Trump de extrapolar seus poderes constitucionais e desmontar serviços públicos fundamentais. Segundo pesquisa Reuters/Ipsos, a maioria dos americanos teme que os cortes prejudiquem o funcionamento do governo.

      Desde que assumiu seu segundo mandato há um mês, Trump tem emitido uma série de ordens para acelerar a reestruturação istrativa. Algumas agências tiveram dificuldades para implementar as mudanças, como o setor de supervisão de armas nucleares, que chegou a demitir e recontratar funcionários em poucos dias. Além disso, a suspensão de verbas para ajuda externa provocou atrasos no envio de remédios e alimentos para exportação.

      As demissões em massa no IRS ocorrem em meio à temporada de entrega de impostos, quando a agência precisa lidar com milhões de declarações. Ainda assim, a istração garantiu que manterá um contingente mínimo para atender à demanda até o prazo final de 15 de abril.

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