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      Saúde do Papa desperta rumores sobre renúncia

      Amiga e biógrafa de Francisco diz que o Papa não tem planos de deixar o cargo: "quanto mais pressão colocam sobre ele, mais improvável é que desista"

      Papa Francisco (Foto: REUTERS/Guglielmo Mangiapane)
      Guilherme Levorato avatar
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      Reuters - Enquanto o Papa Francisco luta contra uma pneumonia dupla no hospital há quase três semanas, rumores sobre a morte ou renúncia do pontífice de 88 anos tornaram-se comuns.

      Alguns jornais já publicaram artigos informando seus leitores sobre o que esperar durante um possível funeral papal. Alguns cardeais de alto escalão na Igreja Católica falam abertamente sobre a possibilidade de Francisco seguir os os de seu antecessor, Bento XVI, e renunciar.

      No entanto, Francisco continua vivo, e as atualizações mais recentes do Vaticano indicam que sua condição pode estar melhorando, embora ele tenha sofrido um revés na segunda-feira.

      Lendo os sinais vindos do hospital Gemelli, em Roma, onde está internado desde 14 de fevereiro, o papa não parece ter planos de renunciar tão cedo.

      “Ele sempre foi um lutador” - "Ele sempre foi um lutador", afirmou Elisabetta Piqué, amiga pessoal e biógrafa de Francisco. Ela disse que o ex-cardeal argentino Jorge Bergoglio, eleito papa em 2013, não tem planos de deixar o cargo.

      "Ele não cede à pressão", acrescentou Piqué, correspondente do jornal argentino La Nación. "Quanto mais pressão colocam sobre ele, mais improvável é que desista".

      As especulações sobre uma possível renúncia começaram poucos dias após sua hospitalização. O cardeal italiano Gianfranco Ravasi, um prelado aposentado que não é próximo do papa, sugeriu em uma entrevista de rádio no dia 20 de fevereiro que Francisco poderia abdicar do papado.

      Já o cardeal francês Jean-Marc Aveline, às vezes citado como possível sucessor de Francisco, foi questionado sobre essa possibilidade durante uma coletiva de imprensa no Vaticano e respondeu: "tudo é possível".

      "Hipótese distante" - Francisco, que evitou grande parte do luxo e dos privilégios do papado e buscou aproximar a Igreja Católica do mundo moderno, riu dos boatos sobre sua saída.

      Após um encontro com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, no hospital, em 19 de fevereiro, o jornal Corriere della Sera relatou que ele brincou: "alguns têm rezado para que o papa vá para o céu, mas o Senhor da Messe acha melhor me manter aqui".

      O escritor Austen Ivereigh, que coescreveu um livro com Francisco em 2020, afirmou que a fala pode ter sido bem-humorada, mas carrega um significado importante.

      "O que ele está dizendo, na verdade, é que isso se trata da vontade de Deus, e não da vontade de qualquer outra pessoa", explicou Ivereigh. "Ou seja, você pode querer um novo papa, mas olhe, eu ainda estou vivo, ainda estou aqui".

      O papa já descartou a possibilidade de renúncia no ado, chamando-a, em 2024, de uma "hipótese distante".

      Assim como alguns de seus antecessores, Francisco revelou que assinou uma carta de renúncia logo após sua eleição, em 2013. O documento só deveria ser usado caso uma grave condição mental o impedisse de cumprir suas funções.

      No entanto, não está claro como ou se essa carta poderia ser utilizada. O direito canônico não prevê um procedimento para determinar a incapacidade de um pontífice. Também exige que a renúncia de um papa seja "feita livremente e de maneira apropriada" pelo próprio pontífice.

      "Ele ainda é o papa" - Mesmo hospitalizado, Francisco, conhecido por seu intenso ritmo de trabalho, continua liderando o Vaticano.

      Nomeações que exigem sua aprovação seguem sendo anunciadas regularmente. Ele continua assinando documentos oficiais enviados aos escritórios do Vaticano, com notas indicando que são despachados "do hospital Gemelli".

      O papa também se reuniu duas vezes no hospital com o cardeal Pietro Parolin, número dois do Vaticano, para discutir questões pendentes. O Vaticano descreveu os encontros como "audiências", termo oficial para reuniões com o líder da Igreja Católica, independentemente do local.

      Ivereigh, autor de duas biografias sobre Francisco, afirmou que o papa está enviando um recado claro de que continua governando a Igreja.

      "Ele é um homem de governo que entende o poder da autoridade", disse Ivereigh. "É importante para ele que saibamos que ele está presente e ainda no comando. Ele ainda é o papa".

      Os médicos não informaram quando Francisco, que tem um histórico de graves infecções pulmonares, poderá deixar o hospital.

      Muitos católicos já estão acostumados com a imagem de um papa fragilizado. O falecido João Paulo II, por exemplo, foi visto em público por anos enfrentando os sintomas do mal de Parkinson antes de sua morte, em 2005.

      "Ele tem a tranquilidade de quem faz o que Deus lhe pede", concluiu Piqué sobre Francisco. "Sua grande arma sempre foi a oração – e o bom humor".

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