Rússia reforça abertura para acordo e ressalta papel do Grupo de Amigos da Paz
Disposta a negociar acordo, a Rússia enfatiza a necessidade de abordar as causas do conflito
247 - Moscou reafirmou sua abertura para iniciativas de paz realistas e propostas de mediação no conflito ucraniano, desde que levem em consideração os interesses russos. A declaração foi feita pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia após uma reunião entre o vice-ministro das Relações Exteriores russo, Mikhail Galuzin, e o ministro assistente das Relações Exteriores da China, Liu Bin. A informação foi divulgada pela agência de notícias TASS.
De acordo com o comunicado do ministério, Moscou considera essencial abordar as "causas raiz do conflito", incluindo a dissolução das ameaças à segurança da Rússia originadas do território ucraniano. O governo russo argumenta que essas ameaças decorrem da expansão da OTAN para o leste, bem como da "agressão de Kiev contra os direitos da população de língua russa".
Moscou também destacou a importância do Grupo de Amigos da Paz na Ucrânia, iniciativa criada na ONU para promover negociações multilaterais sobre o conflito. O avanço desse grupo foi um dos temas debatidos no encontro entre as delegações russa e chinesa.
Ainda segundo a nota do Ministério das Relações Exteriores, a reunião ocorreu "em uma atmosfera amigável e de confiança, típica da comunicação russo-chinesa". Os representantes de ambos os países reafirmaram a disposição de aprofundar a cooperação bilateral em temas globais e regionais, incluindo a atuação conjunta na Ásia Central.
A China tem se posicionado como um potencial mediador no conflito na Ucrânia, promovendo um plano de paz baseado em sua visão de equilíbrio entre soberania nacional e preocupações de segurança. Pequim evita tomar posições abertamente contrárias à Rússia, mas defende o diálogo e a busca por uma solução negociada.
A coordenação diplomática entre Rússia e China tem sido reforçada em vários setores, refletindo uma parceria estratégica que se intensificou nos últimos anos, especialmente frente às tensões globais e às sanções ocidentais contra Moscou. A alinhação entre os dois países na ONU e em outros foros internacionais reforça a influência da dupla nas negociações sobre temas sensíveis, como o conflito ucraniano.
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