Rússia intensifica criação de zona de segurança na fronteira com a Ucrânia
Putin ordena ações militares para proteger regiões russas de ataques ucranianos
247 - O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que as Forças Armadas da Rússia estão trabalhando na criação de uma "zona de segurança" ao longo da fronteira com a Ucrânia. A medida visa prevenir ameaças à segurança nacional e proteger as regiões russas de fronteira de ataques ucranianos. Durante uma reunião com altos membros do governo, Putin afirmou que "foi decidido criar a necessária zona de segurança ao longo da fronteira. Nossas forças armadas estão ativamente resolvendo essa tarefa agora. As posições de tiro do inimigo estão sendo suprimidas, o trabalho está em andamento".
A decisão ocorre após um ataque ucraniano na cidade de Lgov, na região de Kursk, que deixou pelo menos 12 civis feridos, incluindo duas crianças. De acordo com o governador interino de Kursk, Aleksandr Khinshtein, o ataque teve como alvo uma área próxima à rodovia Kursk-Rylsk, na entrada da cidade. Relatos da mídia indicaram que o ataque envolveu pelo menos três projéteis disparados por um lançador de foguetes múltiplos HIMARS fornecido pelos EUA.
Nos últimos dois dias, Kiev conduziu um ataque massivo de drones de longo alcance ainda mais profundo na Rússia. Segundo o Ministério da Defesa russo, um total de 485 drones ucranianos de asa fixa foram abatidos em todo o país nas últimas 48 horas. Pelo menos 63 dos drones foram interceptados na região de Moscou, enquanto o maior número foi detido sobre a região de Orel, informou o ministério.
A ideia de criar uma "zona de segurança" em território controlado pela Ucrânia ao longo da fronteira foi inicialmente proposta por Putin em março do ano ado. Na ocasião, o presidente afirmou que Moscou poderia ser "forçada" a criar tal zona para proteger os civis nas regiões fronteiriças de ataques ucranianos de longo alcance. As tropas russas criariam uma "zona de segurança que seria bastante difícil para o adversário superar com suas armas, principalmente de origem estrangeira", se e "quando considerarmos apropriado", declarou Putin na época.
A criação dessa zona de segurança visa prevenir ameaças à segurança nacional e proteger as regiões russas de fronteira de ataques ucranianos. Putin enfatizou que as forças russas estão bombardeando posições ucranianas responsáveis por esses ataques, acusando Kiev de usar métodos "terroristas" direcionados a infraestruturas civis. A zona de segurança incluirá trabalhos de desminagem e eliminação de projéteis não detonados.
A iniciativa coincide com a recente proposta de Putin ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para estabelecer um memorando de paz. No entanto, o Kremlin afirmou que ainda não há encontros diretos agendados entre Rússia e Ucrânia. Putin expressou disposição para trabalhar em um "memorando" para um possível tratado de paz, mas rejeitou um cessar-fogo de 30 dias, a menos que a Ucrânia interrompa a mobilização e o envio de armas ocidentais.
Enquanto isso, a cidade fronteiriça ucraniana de Bilopillya, na região de Sumy, enfrenta bombardeios russos incessantes. O prefeito Yuri Zarko expressou profundo ceticismo sobre a eficácia das negociações de paz em andamento em Istambul, especialmente após um ataque russo a um ônibus que matou nove civis. A maioria da população evacuou a cidade, e os serviços essenciais foram interrompidos devido aos constantes bombardeios. Moradores de toda a região de Sumy descrevem a vida sob ataques aéreos persistentes, ataques de drones e aumento do estresse psicológico.
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