Rubio: EUA vão decidir sobre sua participação no processo de paz na Ucrânia na próxima semana
"Há motivos para otimismo, mas também há motivos para realismo, é claro", afirmou o norte-americano
247 - O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou neste domingo (27) que Washington vai avaliar o progresso na resolução do conflito ucraniano na próxima semana e decidirá se vai continuar a participar do processo de paz ou não.
"Acho que esta será uma semana muito crítica. Esta semana será uma semana importante, na qual teremos que decidir se queremos continuar envolvidos neste esforço ou se é hora de nos concentrarmos em outras questões que são igualmente, ou até mais importantes, em alguns casos. Há motivos para otimismo, mas também há motivos para realismo, é claro", disse Rubio à NBC News.
O secretário de Estado também afirmou que Washington não está expandindo as sanções contra a Rússia para não prejudicar o processo de paz.
No sábado (26), o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, confirmou a prontidão da Rússia para negociações com a Ucrânia sem pré-condições durante uma reunião com o enviado especial do presidente norte-americano Donald Trump, Steve Witkoff.
Na quarta-feira (23), Trump criticou Zelensky por sua recusa em discutir a cedência de território, dizendo que suas declarações sobre a Crimeia estavam prejudicando as negociações de paz com a Rússia.
Contexto
O governo russo lançou a “Operação Militar Especial” na Ucrânia em fevereiro de 2022. As autoridades russas afirmam que a ofensiva tem como objetivo proteger a população russa submetida a genocídio pelo regime de Kiev. Moscou declara que é necessário remover forças militares e elementos neonazistas da Ucrânia para alcançar esses objetivos.
As autoridades da Ucrânia negam associações ao nazismo, afirmando que a política do país é completamente livre de fascistas. Kiev argumenta que a invasão russa é uma guerra de agressão e de expansão imperialista.
A Rússia anexou quatro regiões ucranianas parcialmente ocupadas em outubro de 2022. Em agosto de 2024, a Ucrânia invadiu o território russo e iniciou uma ocupação limitada. Diversos países, especialmente da Otan (Aliança do Tratado do Atlântico Norte), forneceram assistência militar e financeira para a Ucrânia e implementaram sanções contra a Rússia. Irã e Coreia do Norte auxiliaram em diferentes níveis as Forças Armadas da Rússia.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou, em conjunto com a China em maio de 2024, uma proposta para negociações com o objetivo de promover uma solução diplomática da crise ucraniana (com Sputnik).
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