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      Putin já negocia os termos de um acordo de paz com Trump

      Com avanço no território ucraniano, líder russo sugere cessar-fogo, mas impõe condições rígidas para acordo mediado pelo presidente eleito dos EUA

      Vladimir Putin e Donald Trump (Foto: Reuters/Kevin Lamarque)

      MOSCOU, 20 de novembro (Reuters) – Vladimir Putin está disposto a discutir um cessar-fogo na Ucrânia com Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, mas descarta concessões territoriais significativas e exige que Kiev abandone suas aspirações de integrar a OTAN. A informação foi revelada por cinco fontes com conhecimento das estratégias do Kremlin.

      A entrada de Trump na Casa Branca ocorre em um momento de ascensão militar da Rússia, que controla cerca de 18% do território ucraniano, incluindo regiões estratégicas como Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhia e Kherson. Segundo as fontes, Putin estaria disposto a congelar o conflito ao longo das atuais linhas de frente, com possíveis ajustes no controle territorial dessas áreas.

      Condições impostas por Putin

      O Kremlin exige que a Ucrânia abandone sua candidatura à OTAN, limite o tamanho de suas forças armadas e garanta a livre utilização da língua russa. Além disso, qualquer acordo deverá refletir o status quo no campo de batalha, consolidando os avanços militares russos, como defendeu Putin no início do mês durante o Fórum de Valdai:"Se não houver neutralidade, é difícil imaginar relações de boa vizinhança entre Rússia e Ucrânia."

      Apesar de Moscou demonstrar flexibilidade em algumas áreas, como territórios em Kharkiv e Mykolaiv, Putin não abre mão de manter o controle sobre a Crimeia e a maior parte das regiões reivindicadas no leste e sul da Ucrânia.

      Trump como mediador

      Trump tem se apresentado como a única figura capaz de negociar um acordo e pôr fim ao conflito. Segundo seu diretor de comunicações, Steven Cheung, "ele é a única pessoa que pode reunir ambos os lados para negociar a paz e trabalhar para acabar com a guerra." No entanto, os detalhes de como ele pretende conciliar os interesses em disputa ainda são incertos.

      Putin parece confiar na possibilidade de um acordo rápido sob a liderança de Trump, mas analistas apontam que alcançar uma solução abrangente e duradoura será extremamente desafiador. Dimitri Simes, especialista russo-americano, destacou que, embora um cessar-fogo possa ser alcançado rapidamente, as profundas diferenças entre as partes tornam um acordo mais amplo improvável.

      Realidades no campo de batalha

      Com mais de 110 mil km² de território ucraniano sob controle russo, incluindo o estratégico corredor terrestre para a Crimeia, Putin poderia apresentar qualquer acordo que consolidasse essas conquistas como uma vitória. Contudo, a autorização dos Estados Unidos para que a Ucrânia utilize mísseis ATACMS contra alvos em solo russo complicou ainda mais as negociações, alimentando demandas mais duras do Kremlin.

      Perspectivas de paz

      As negociações poderiam tomar como base o rascunho de um acordo discutido em abril de 2022, em Istambul, no qual a Ucrânia comprometer-se-ia com a neutralidade em troca de garantias de segurança de membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU. Entretanto, Moscou mantém a posição de que qualquer entendimento deve impedir futuras provocações ocidentais. "A questão é como evitar um acordo que possa, um dia, forçar o Ocidente a um confronto direto com a Rússia," alertou um dos oficiais russos.

      Enquanto Trump promete agir como mediador, especialistas e líderes ocidentais veem o avanço militar russo como uma realidade difícil de ser revertida, ao o que a Ucrânia insiste na reconquista total de seu território.

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