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      Produção industrial da China recua, mas especialistas minimizam impacto direto de tarifaço de Trump

      Índice PMI cai ao menor nível em 16 meses, mas analistas apontam que pessimismo pode ter inflado percepção dos efeitos das tarifas

      Bandeira chinesa no prédio da Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China (CSRC), em Pequim (Foto: REUTERS/Florence Lo)
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      247 - A atividade industrial chinesa registrou em abril sua maior contração em 16 meses, com o índice oficial dos gerentes de compras (PMI) recuando de 50,5 em março para 49,0, abaixo da expectativa de 49,8, segundo dados do Escritório Nacional de Estatísticas (NBS). O resultado interrompeu dois meses de recuperação e reacendeu debates sobre a necessidade de novos estímulos econômicos. A informação foi divulgada pela agência Reuters nesta quarta-feira (30).​

      Embora o recuo tenha coincidido com a entrada em vigor das tarifas de 145% impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, especialistas sugerem que o impacto real das medidas pode ter sido amplificado por um sentimento negativo generalizado.​

      "A forte queda nos PMIs provavelmente exagera o impacto das tarifas devido ao efeito negativo sobre o sentimento, mas ainda assim sugere que a economia da China está sob pressão com a desaceleração da demanda externa", avaliou Zichun Huang, economista da China na Capital Economics. Ele acrescentou que "o índice de novos pedidos de exportação caiu para seu menor nível, desconsiderando os efeitos da COVID-19, desde abril de 2012".​

      O PMI não manufatureiro, que abrange os setores de serviços e construção, também apresentou queda, ando de 50,8 para 50,4, mas permaneceu acima da linha de 50 que separa crescimento de contração.​

      A desaceleração ocorre em um momento delicado para a economia chinesa, que enfrenta desafios como crescimento lento da renda, crise prolongada no setor imobiliário e deflação. Desde o fim da pandemia, Pequim tem dependido fortemente das exportações para sustentar a recuperação econômica e só recentemente ou a adotar medidas mais robustas para estimular a demanda interna.​

      Zhao Qinghe, estatístico do NBS, atribuiu a queda no índice industrial às "mudanças bruscas no ambiente externo", em comunicado divulgado junto aos dados.​

      Em resposta ao cenário adverso, o governo chinês tem antecipado planos de estímulo para mitigar os efeitos econômicos da perda, ao menos temporária, de seu principal mercado externo. Wang Qing, analista-chefe de macroeconomia da Oriental Jincheng, afirmou que "esperamos que o PMI da indústria permaneça em contração em maio, mas suba para cerca de 49,5, impulsionado pelo avanço das políticas de crescimento estável". Ele também destacou que o agravamento do cenário poderá exigir novos cortes nas taxas de juros e no nível de reservas obrigatórias dos bancos comerciais.​

      Apesar das dificuldades, Zhao Chenxin, da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC), declarou estar confiante de que o país atingirá sua meta de crescimento de aproximadamente 5% para 2025. No entanto, instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI), Goldman Sachs e UBS rebaixaram recentemente suas projeções para o crescimento da China em 2025 e 2026, citando os efeitos das tarifas dos EUA, e nenhum deles acredita que a meta oficial de Pequim será alcançada.​

      O yuan teve leve desvalorização frente ao dólar após a divulgação dos dados, refletindo os primeiros sinais de que as tarifas de Trump já impactam a economia chinesa. Ainda assim, analistas ressaltam que o pessimismo entre os entrevistados nas pesquisas pode ter inflado a percepção dos efeitos das tarifas, e que medidas de estímulo adicionais podem ajudar a conter os impactos negativos no curto prazo.

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