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      Políticas de Trump podem fazer setor de turismo dos EUA encolher US$ 12 bi, aponta relatório

      Projeção consta em relatório divulgado pelo Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC, na sigla em inglês)

      Presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca, em Washington - 28/04/2025 (Foto: REUTERS/Leah Millis)
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      247 - O setor de turismo dos Estados Unidos caminha para uma retração significativa em 2025, com a expectativa de uma perda de até US$ 12 bilhões nos gastos de visitantes internacionais. A projeção consta em relatório divulgado nesta quinta-feira (15) pelo Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC, na sigla em inglês), entidade que representa as principais empresas do setor no mundo.

      De acordo com a RFI, o estudo do WTTC, realizado em parceria com a Oxford Economics, os gastos de turistas estrangeiros em solo americano devem recuar de US$ 181 bilhões em 2024 para pouco menos de US$ 169 bilhões em 2025. “Os Estados Unidos são o único país entre as 184 economias analisadas que sofrerão uma redução nos gastos de visitantes internacionais no próximo ano”, destaca o documento.

      A CEO do WTTC, Julia Simpson, foi enfática ao responsabilizar a falta de ação do governo dos Estados Unidos pela queda na atratividade do país como destino turístico. “Esta situação é um alerta para o governo dos Estados Unidos. A maior economia de viagens e turismo do planeta está na contramão do que acontece no mundo. E não é por falta de demanda; é por falta de ação. Parece que o governo americano coloca uma placa de ‘fechado’, enquanto outros países estendem tapete vermelho”, afirmou.

      Ainda conforme a reportagem, os dados mais recentes do Departamento de Comércio, referentes a março de 2025, os Estados Unidos já registram retração nas chegadas de turistas estrangeiros oriundos de mercados estratégicos. Em comparação com o mesmo mês de 2024, houve queda de 15% no número de visitantes do Reino Unido, 28% da Alemanha e 15% da Coreia do Sul.

      Outros mercados que tradicionalmente enviam turistas para os Estados Unidos também apresentaram quedas relevantes no mesmo período. O estudo cita reduções que variam de 24% a 33% em países como Espanha, Colômbia, Irlanda, Equador e República Dominicana.

      Até mesmo os vizinhos geográficos e importantes emissores de turistas, como Canadá e México, estão deixando de visitar os EUA. “Os canadenses e os mexicanos, vizinhos mais próximos dos Estados Unidos, não estão viajando”, destacou Julia Simpson, mencionando como fatores a retórica agressiva do presidente Donald Trump, as tarifas aplicadas e as medidas restritivas de imigração.

      Outro ponto de atenção mencionado pela CEO do WTTC diz respeito às dificuldades no processo de concessão de vistos e ao clima de insegurança entre os visitantes. “Isso tem causado sérias preocupações, pois existem pessoas que temem o risco de serem presas acidentalmente”, afirmou Simpson.

      A reportagem destaca que o setor de viagens e turismo dos Estados Unidos foi responsável por movimentar US$ 2,6 trilhões na economia americana em 2024, com a geração de mais de 20 milhões de empregos. O segmento também contribuiu com mais de US$ 585 bilhões em tributos, o equivalente a quase 7% das receitas do governo federal.

      A menos de um mês da realização da Copa do Mundo de Clubes da Fifa — que ocorrerá entre 14 de junho e 13 de julho de 2025 —, os Estados Unidos se preparam para receber visitantes de diversos continentes. A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, declarou que o torneio servirá como ensaio para a Copa do Mundo de seleções de 2026.

      “Já trabalhamos nos documentos de viagem, nos pedidos de visto... e tudo mais que envolve o Mundial de Clubes. Isso, obviamente, será uma amostra do que podemos fazer no ano que vem na Copa do Mundo”, disse Noem.

      A expectativa, conforme análise da Tourism Economics divulgada em fevereiro, é de que o Mundial de 2026 provoque um aumento de 8,8% nas chegadas de turistas estrangeiros. No entanto, o relatório observa que “a polarização causada pelas políticas e retórica do governo Trump desencoraja viagens aos Estados Unidos”.

      Durante a visita do presidente da Fifa, Gianni Infantino, à Casa Branca em 6 de maio, o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, declarou que os visitantes estrangeiros serão bem-recebidos, mas deverão deixar o país após o fim da competição. “Vamos receber torcedores de quase 100 países. Queremos que eles venham, se divirtam e assistam aos jogos. Mas, quando o mundial acabar, eles terão de ir embora”, declarou.

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