Papa Francisco diz que "no cristianismo, não se condena o instinto sexual" e critica a "coisificação"
O pontífice havia recebido ataques por sua abertura para abençoar as chamadas "uniões irregulares", incluindo as de pessoas do mesmo sexo, o que gerou críticas de conservadores
Por Télam - O Papa Francisco alertou nesta quarta-feira (17) que "no cristianismo não se condena o instinto sexual", criticou a "coisificação" e os relacionamentos tóxicos que a "luxúria" produz.
"Atenção: no cristianismo não se condena o instinto sexual. Um livro da Bíblia, o Cântico dos Cânticos, é um maravilhoso poema de amor entre dois casais de namorados", afirmou o pontífice durante a Audiência Geral que liderou nesta quarta-feira no Vaticano.
A referência direta do Papa ao tema da sexualidade ocorre no meio dos ataques que o pontificado enfrenta por sua abertura para abençoar as chamadas "uniões irregulares", incluindo aquelas de pessoas do mesmo sexo, o que gerou críticas de setores conservadores ao redor do mundo.
Para Francisco, "no entanto, esta bela dimensão da nossa humanidade não está isenta de perigos" e ele recordou palavras da Bíblia sobre "um manejo doentio da sexualidade por parte de alguns cristãos".
Nesse contexto, o Papa se referiu criticamente à "luxúria", considerada um dos sete pecados capitais, "principalmente porque destroça os relacionamentos entre as pessoas".
"Para documentar essa realidade, infelizmente, as notícias cotidianas são suficientes. Quantos relacionamentos que começaram da melhor maneira se tornaram depois relações tóxicas, de posse do outro, carentes de respeito e de sentido de limites"> if (googletag && googletag.apiReady) { googletag.cmd.push(() => { googletag.display(id); }); }
"O prazer sexual é minado pela pornografia: satisfação sem relação que pode gerar formas de vício", lamentou, no entanto, antes de sugerir que "ganhar a batalha contra a luxúria, contra a coisificação do outro, pode ser um esforço que dure toda a vida".