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      Palestina denuncia Israel por fechar escolas da ONU em Jerusalém Leste

      Ministério das Relações Exteriores palestino acusa o regime de Netanyahu de violar o direito à educação e as convenções internacionais

      Ministério do Exterior da Palestina (Foto: Prensa Latina )
      José Reinaldo avatar
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      247 - O governo palestino condenou com veemência, na quata-feira (9) (9), a decisão do regime sionista de Israel de fechar seis escolas mantidas pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA) na área ocupada de Jerusalém Oriental. As informações são da agência Prensa Latina.

      Em comunicado oficial, o Ministério das Relações Exteriores e Expatriados da Palestina denunciou que a medida afeta diretamente centenas de estudantes palestinos, privando-os de seu direito fundamental à educação e comprometendo seriamente o futuro de crianças e jovens. "Trata-se de uma violação flagrante da imunidade e dos privilégios das Nações Unidas e de suas instituições, e um sério ataque ao direito internacional e às resoluções do Conselho de Segurança sobre o assunto", destaca o texto divulgado em Ramallah.

      A chancelaria palestina apontou que essa ofensiva contra a UNRWA está inserida numa campanha sistemática de incitação promovida pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, em meio ao genocídio em curso na Faixa de Gaza e aos projetos de deslocamento forçado e anexação dos territórios palestinos ocupados. O fechamento das escolas é mais um capítulo dessa ofensiva que visa desmantelar a rede de apoio internacional ao povo palestino e apagar sua identidade nacional.

      "O objetivo é claro: impor o currículo israelense às crianças palestinas, apagando sua memória histórica, sua língua e sua luta por autodeterminação", afirmou o Ministério. O documento enfatiza que a UNRWA tem enfrentado crescentes pressões e ataques por parte das autoridades israelenses, especialmente desde que o Knesset aprovou, em outubro de 2024, duas leis que proíbem suas atividades em Israel e nos territórios ocupados sob seu controle.

      A decisão israelense gerou repúdio de diversos organismos internacionais, que veem na medida uma tentativa autoritária de silenciar o papel da ONU no monitoramento das violações de direitos humanos nos territórios ocupados. A UNRWA, por sua vez, tem reiterado que seus centros educacionais e demais instalações são protegidos pela Convenção Geral das Nações Unidas sobre Privilégios e Imunidades, que garante sua inviolabilidade.

      Israel, entretanto, alega — sem apresentar provas — que a agência seria conivente com o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), que atua na Faixa de Gaza. Essa acusação é categoricamente rejeitada tanto pela ONU quanto pelos representantes palestinos, que denunciam o uso de falsas alegações como pretexto para deslegitimar a UNRWA e minar sua atuação humanitária.

      A escalada do regime israelense contra a agência ocorre paralelamente à intensificação da guerra genocida que vem sendo perpetrada na Faixa de Gaza, onde milhares de civis — a maioria mulheres e crianças — já foram mortos ou feridos, em ataques indiscriminados e desproporcionais do exército israelense, sob o comando direto do governo de Netanyahu, com respaldo logístico e político do presidente dos EUA, Donald Trump.

      A ofensiva militar israelense, caracterizada por bombardeios sistemáticos contra áreas densamente povoadas e a destruição deliberada de hospitais, escolas, abrigos e infraestruturas básicas, tem sido denunciada por juristas e organizações internacionais como um verdadeiro crime contra a humanidade. Ainda assim, as principais potências ocidentais seguem coniventes ou em silêncio diante do massacre.

      A Palestina, por meio de seus representantes oficiais, conclama a comunidade internacional a agir de forma firme e urgente, exigindo o fim imediato das violações contra os direitos fundamentais de seu povo e o respeito às normas internacionais que garantem a proteção da infância, da educação e da soberania das instituições das Nações Unidas.

      "O mundo não pode continuar ignorando o sofrimento de um povo que resiste há décadas à ocupação, ao apartheid e agora ao extermínio deliberado", conclui a nota do Ministério palestino.

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