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      Órgão do Congresso dos EUA prevê rombo de US$ 2,4 trilhões com pacote aprovado pelos republicanos

      Estimativa pressiona base legislativa de Trump após aprovação de projeto que pode tirar 11 milhões de pessoas dos planos de saúde nos EUA

      Uma vista do Capitólio, em Washington, EUA, em 1º de julho de 2024 (Foto: REUTERS/Kevin Mohatt)
      Luis Mauro Filho avatar
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      247 - O Escritório de Orçamento do Congresso (CBO), órgão técnico e apartidário do Legislativo dos Estados Unidos, estimou nesta quarta-feira (5) que o pacote fiscal aprovado pela maioria republicana na Câmara dos Deputados no mês ado elevará o déficit federal em US$ 2,4 trilhões ao longo da próxima década. A reportagem é do site Politico.

      A nova projeção ampliou a controvérsia em torno da proposta, que combina cortes de impostos e gastos públicos em áreas como saúde e programas sociais. O cálculo do CBO também contradiz declarações recentes de integrantes do governo do presidente Donald Trump e líderes da Câmara, que minimizaram os impactos da medida e aram a atacar a credibilidade do órgão.

      O ex-chefe do Departamento de Eficiência Governamental da gestão Trump, Elon Musk, foi um dos primeiros a criticar publicamente o projeto. “Massivo, ultrajante, uma abominação recheada de privilégios”, disparou.

      A estimativa oficial do CBO foi tema da reunião fechada dos deputados republicanos na manhã da divulgação, com o presidente da Câmara, Mike Johnson, acusando Musk de basear suas críticas em “números enganosos”.

      Em entrevista breve, o líder da maioria na Câmara, Steve Scalise, reforçou a ofensiva contra o órgão: “Qualquer um que cite o CBO precisa reconhecer seu histórico de erros em previsões”, disse, citando as projeções da reforma tributária de 2017.

      A Casa Branca também tentou antecipar o impacto político da divulgação. A secretária de imprensa Karoline Leavitt classificou os técnicos do CBO como “partidários e políticos” com “viés favorável aos democratas”.

      No entanto, o atual diretor do escritório, Phillip Swagel, atuou no governo George W. Bush e tem histórico de doações a candidatos republicanos. Ele ocupa o cargo desde 2019 e foi reconduzido por indicação do deputado Jodey Arrington, republicano do Texas.

      Apesar dos ataques, o relatório do CBO terá papel decisivo na tramitação do projeto. O Senado agora avalia o texto dentro do processo de reconciliação orçamentária — mecanismo que permite sua aprovação por maioria simples, sem risco de obstrução pela minoria democrata. Com as modificações feitas pelos senadores, o CBO precisará refazer a estimativa com base no novo conteúdo.

      Diferente de análises anteriores, que trataram partes isoladas da proposta, o novo relatório considera os efeitos combinados entre os blocos da legislação. Um dos destaques está nas medidas propostas pela Comissão de Energia e Comércio, que gerariam economia de US$ 1,1 trilhão — valor superior à meta inicial de US$ 880 bilhões. Grande parte desses cortes viria de mudanças no Medicaid, sistema público de saúde voltado a famílias de baixa renda.

      Entre as medidas que geram maior economia, estão os novos requisitos obrigatórios de trabalho para beneficiários do Medicaid, que somam US$ 344 bilhões, e o congelamento dos impostos cobrados de prestadores de serviços de saúde pelos estados, que representam mais US$ 89 bilhões. Esta última proposta, no entanto, tem gerado resistência até mesmo entre parlamentares republicanos.

      As mudanças propostas devem provocar o desligamento de cerca de 11 milhões de pessoas dos planos de saúde, segundo o CBO. Desse total, 7,8 milhões perderiam o ao Medicaid, 1,4 milhão seriam excluídos por não atenderem critérios de imigração, e o restante deixaria de ser atendido pelas regras do Affordable Care Act, o sistema conhecido como “Obamacare”.

      O deputado democrata Frank Pallone, de Nova Jersey, líder da oposição na Comissão de Energia e Comércio, classificou como “chocante” a decisão de votar o pacote antes da divulgação dos dados do CBO. “A verdade é que os líderes republicanos correram para aprovar esse projeto sob a cobertura da noite porque não queriam que as pessoas soubessem das consequências catastróficas”, declarou.

      Os republicanos reagiram à acusação. “Os democratas podem espalhar medo o quanto quiserem, mas os fatos continuam os mesmos”, disse um porta-voz do partido na comissão. “Está claro que os democratas estão priorizando imigrantes ilegais e adultos em idade produtiva, em vez dos americanos vulneráveis para os quais o programa foi criado — gestantes, crianças, idosos de baixa renda e pessoas com deficiência.”

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