Opositores da entrada de Robert Kennedy em maior cargo da Saúde dos EUA pedem a senadores que o vetem
Comitê político sem fins lucrativos, a 314 Action lançou uma campanha para influenciar republicanos a rejeitá-lo
Por Michael Erman e Stephanie Kelly
NOVA YORK (Reuters) - Mais de 80 organizações declararam nesta sexta-feira oposição à escolha de Robert F. Kennedy Jr. para liderar a maior agência de Saúde dos Estados Unidos, antes de sua audiência de confirmação, a ser realizada no Senado na próxima semana, enquanto a 314 Action lançou uma campanha para influenciar republicanos a rejeitá-lo.
A campanha publicitária no valor de 250 mil dólares será feita em oito Estados e tem o objetivo de persuadir parlamentares republicanos — incluindo os senadores Mitch McConnell, de Kentucky; Bill Cassidy, da Louisiana; e John Curtis, de Utah — de que os comentários de Kennedy no ado, quando disseminou desinformação sobre vacinas, representam um risco para a Saúde Pública dos EUA.
Na quarta-feira, os senadores deverão sabatinar Kennedy sobre sua indicação a líder do Departamento de Saúde e Serviços Humanos nos EUA. “Senadores de ambos os lados têm o dever de responsabilizá-lo”, afirmou Shaughnessy Naughton, presidente da 314 Action, que visa eleger democratas com formação em ciências para cargos públicos.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a escolha de Kennedy em novembro. A maior parte da oposição a ele se dá pela sua opinião sobre vacinas, mas um grupo fundado pelo ex-vice-presidente Mike Pence também é contra os comentários de Kennedy quanto ao aborto.
Um porta-voz de Kennedy e a Casa Branca não responderam a pedidos da Reuters para que comentassem sobre o assunto. Há muito tempo, Kennedy semeia dúvidas sobre a segurança e a eficácia das vacinas que têm ajudado a conter doenças e prevenir mortes por décadas. Ele contesta essa sua caracterização e disse que não impediria os norte-americanos de receberem imunizações.
(Reportagem de Stephanie Kelly e Michael Erman)
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