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      O que são os mísseis ATACMS, que serão utilizados pela Ucrânia contra a Rússia

      O governo dos Estados Unidos autorizou a Ucrânia a utilizar o armamento após anos de apelo por parte do governo ucraniano

      Mísseis (Foto: Sputnik / Konstantin Mikhalchevsky)

      247 -  O governo dos Estados Unidos autorizou no último domingo (17) a utilização de mísseis balísticos fornecidos à Ucrânia para a realização de ataques dentro da Rússia, dizem as autoridades americanas. Esses mísseis são conhecidos como Army Tactical Missile Systems, ou ATACMS, e provavelmente serão utilizados para dar e às forças americanas na região de Kursk, no oeste da Ucrânia, informa O Globo.

      Os mísseis balísticos ATACMS, desenvolvidos pela Lockheed Martin na década de 1980, têm desempenhado um papel estratégico na guerra entre Ucrânia e Rússia. Segundo informações de fontes internacionais, essas armas de curto alcance, disparadas de lançadores HIMARS e M270, podem atingir alvos a até 300 km, carregando uma ogiva com cerca de 170 kg de explosivos. Desde a invasão russa em larga escala em 2022, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem apelado por armamentos capazes de atingir posições russas mais profundas.

      A hesitação inicial dos Estados Unidos em liberar o uso dos mísseis foi atribuída ao receio de escalar o conflito com a Rússia. “Estamos tentando evitar a Terceira Guerra Mundial”, declarou o presidente Joe Biden em momentos anteriores do conflito. Além disso, oficiais do Pentágono manifestaram preocupação sobre os estoques limitados dessas armas. Zelensky, no entanto, defendeu a importância do ATACMS para a capacidade de dissuasão da Ucrânia e garantiu que os mísseis seriam usados exclusivamente em alvos militares, sem atingir civis ou cidades russas.

      Potencial de uso estratégico - Com a liberação gradual do uso de ATACMS, a Ucrânia pode utilizar os mísseis para enfraquecer linhas de suprimento, depósitos de munição e concentrações de tropas russas e norte-coreanas, especialmente em regiões como Kursk. Essa capacidade é considerada crucial, dado o planejamento de um grande ataque russo-norte-coreano envolvendo cerca de 50 mil soldados. Os ATACMS, com sua alta precisão e alcance, poderiam impactar diretamente a logística e a capacidade de resposta russa, além de proteger posições ucranianas estratégicas.

      A Ucrânia já usou parte dos mísseis fornecidos pelos EUA no ano ado em territórios sob controle russo, incluindo a Crimeia ocupada. No entanto, a quantidade remanescente desses armamentos ainda é incerta, o que pode influenciar a eficácia da resposta ucraniana aos movimentos russos.

      Histórico e evolução dos ATACMS - Os ATACMS foram projetados durante a Guerra Fria para atacar alvos soviéticos de alto valor. Durante a Operação Tempestade no Deserto, em 1991, os Estados Unidos utilizaram cerca de 30 desses mísseis para destruir lançadores de mísseis balísticos e locais de defesa aérea no Iraque. Em 2003, durante a invasão do Iraque, mais de 400 mísseis foram disparados, sendo fundamentais nas primeiras fases do conflito.

      Inicialmente equipados com munições de fragmentação, os ATACMS aram por modificações significativas após o Pentágono restringir o uso dessas munições devido a falhas frequentes e aos riscos que representavam para civis. A versão atual carrega uma única ogiva explosiva, melhorando sua precisão e reduzindo danos colaterais.

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