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      Novo recuo de Trump é derrota humilhante na guerra comercial contra a China

      Ao isentar celulares, computadores e semicondutores de tarifas de 125%, presidente dos EUA ite, na prática, o alto custo de sua cruzada protecionista

      Presidente dos EUA, Donald Trump - 31/01/2025 (Foto: REUTERS/Carlos Barria)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – O novo recuo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na escalada tarifária contra a China marca uma derrota humilhante em sua guerra comercial. Conforme noticiou a agência Reuters neste sábado (12), a istração Trump decidiu poupar da tarifa de 125% alguns dos principais produtos importados do país asiático — entre eles, celulares, laptops, semicondutores e componentes eletrônicos.

      A decisão foi oficializada pela agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP), que publicou uma lista de códigos tarifários isentos da sobretaxa. A medida vale retroativamente a partir de 5 de abril e afeta categorias amplas de produtos, como computadores, chips de memória, painéis de tela plana e dispositivos de processamento de dados.

      Com essa medida, Trump tenta evitar um impacto ainda maior sobre os preços para o consumidor norte-americano. Em meio à alta da inflação, um iPhone topo de linha, por exemplo, poderia ar de US$ 1.599 para até US$ 2.300, caso a tarifa fosse integralmente aplicada, de acordo com estimativas de analistas citados pela Reuters.

      Mesmo sem assumir publicamente o recuo, a decisão representa o reconhecimento tácito de que a cruzada protecionista conduzida pelo presidente — que tomou posse para seu segundo mandato em janeiro de 2025 — impõe custos pesados à economia dos EUA. Os produtos agora isentos incluem justamente os dois itens mais importados da China em 2024: smartphones (US$ 41,7 bilhões) e laptops (US$ 33,1 bilhões), segundo dados do Censo dos EUA.

      A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, tentou contornar o constrangimento, afirmando em nota que Trump “deixou claro que os Estados Unidos não podem depender da China para fabricar tecnologias críticas”. Segundo ela, empresas como Apple, Nvidia e Taiwan Semiconductor estão acelerando a transferência de produção para o território americano. Mas, na prática, a isenção tarifária enfraquece o discurso nacionalista e revela as contradições de uma política que pretendia remodelar as cadeias globais de suprimento, mas colidiu com a realidade econômica e os interesses de grandes corporações.

      Apesar da trégua pontual, Trump mantém tarifas de 20% sobre todas as importações da China relacionadas à crise do fentanil. Além disso, anunciou que lançará uma nova investigação de segurança nacional sobre o setor de semicondutores, o que pode resultar em mais tarifas no futuro.

      A guerra comercial, que já dura anos, se intensificou nos últimos dias com a retaliação da China, que elevou suas próprias tarifas sobre produtos norte-americanos também para 125%. A tensão provocou instabilidade nos mercados financeiros: o ouro bateu recorde histórico, os rendimentos dos títulos do Tesouro registraram sua maior alta semanal desde 2001 e o dólar sofreu desvalorização significativa.

      Ainda assim, Trump afirmou, durante o fim de semana em sua residência na Flórida, que está “confortável com tarifas altas contra a China” e que mantém um bom relacionamento com o presidente Xi Jinping. Ele demonstrou otimismo de que “algo positivo” possa surgir do conflito — embora os sinais econômicos indiquem o contrário.

      O episódio aprofunda o desgaste político do presidente republicano, inclusive dentro de seu próprio partido. Com eleições legislativas previstas para 2026, cresce o temor entre aliados de que a insistência em uma guerra tarifária impopular possa custar o controle do Congresso para os democratas. Ao recuar diante da pressão de grandes empresas e consumidores, Trump expõe a fragilidade de sua estratégia comercial e acumula mais um revés em sua ambição de realinhar a ordem econômica global.

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