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      Níger, Mali e Burkina Faso saem de bloco econômico ante deterioração nas relações

      Países sublinharam no comunicado que com "grande pesar, amargura e decepção", a CEDEAO "traiu os seus princípios fundadores" sob a influência estrangeira

      Anúncio da saída do Níger, Mali e Burkina Faso da CEDEAO (Foto: Reprodução)

      SPUTNIK BRASIL - Burkina Faso, Níger e Mali anunciaram neste domingo (28) a sua saída da CEDEAO, Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental. Através de um comunicado em conjunto, os países denunciaram as "sanções ilegais, ilegítimas, desumanas e irresponsáveis" aplicadas pelo bloco.

      Frente a deterioração das relações na CEDEAO com a troca de governo no Níger em julho, em 16 de setembro de 2023, as três nações africanas criaram a Aliança dos Estados do Sahel, uma organização de defesa coletiva.

      Os países sublinharam no comunicado que com "grande pesar, amargura e decepção", a CEDEAO "traiu os seus princípios fundadores" sob a influência estrangeira. "A organização não prestou assistência aos nossos Estados no âmbito da nossa luta existencial contra o terrorismo e a insegurança".

      À Sputnik, o analista nigeriano Issoufou Boubacar Kado Magagi afirmou que os países da região "não têm outra escolha senão sair" da CEDEAO e "corajosamente assumir o controle do seu destino". Magagi destacou também que a organização pan-africana é "manipulada pelos países ocidentais, com a OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte] como liderança".

      Nesse contexto, os países do BRICS servem como alternativas "dispostas a ajudar esses três países". "Essas potências emergentes produzem muitos produtos dos quais os nossos países necessitam. E precisam dos nossos produtos, nomeadamente do urânio, do nosso ouro, da nossa bauxita, do nosso lítio. Temos petróleo no nosso solo", afirmou à Sputnik. "É uma cooperação ganha-ganha com eles. Mas, infelizmente, em países como a França, é exploração, é pilhagem da nossa riqueza", ressaltou.

      CEDEAO DIZ QUE PAÍSES SE MANTÊM NO GRUPO - Em resposta ao comunicado, a CEDEAO afirmou que não recebeu nenhuma notificação oficial dos três países-membros sobre a saída da comunidade. O grupo "continua empenhado em encontrar uma solução negociada para o ime político", afirmou em nota a organização.

      O primeiro-ministro do Níger, Ali Mahaman Lamine Zeine, acusou a CEDEAO de desonestidade na última quinta-feira (25), depois que uma equipe de negociação da comunidade não compareceu a uma reunião marcada em Niamey, capital do país. A delegação explicou a sua ausência citando uma avaria técnica da aeronave.

      DETERIORAÇÃO DAS RELAÇÕES COM A CEDEAO - As relações dos governos de Mali, Burkina Faso e Níger com a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental pioraram após a mudança de governo nesses países. Atualmente, os países são geridos por governos militares de transição que chegaram ao poder após a piora da situação de segurança nas antigas colônias sas, causada pelo aumento de atividade terrorista.

      Depois da remoção forçada do presidente do Níger, em julho de 2023, a CEDEAO ameaçou usar a força se o presidente deposto não fosse reintegrado. A organização também impôs sanções à nação e suspendeu a a ajuda militar, financeira, alimentar e médica ao país.

      O Mali e Burkina Faso enfrentaram medidas punitivas semelhantes após os golpes de Estado de 2021 e 2022, respetivamente. Estima-se que as sanções do bloco resultaram na morte de mais de 125 mil pessoas, afetando principalmente mulheres e crianças.

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