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      Negociador chinês defende proposta conjunta entre Brasil e China para pôr fim à guerra na Ucrânia

      Li Hui conversou com representantes do governo Lula, incluindo o assessor especial Celso Amorim, sobre a proposta sino-brasileira apresentada à ONU

      Xi Jinping e Vladimir Putin comemoram 75 anos de relações bilaterais China-Rússia (Foto: Alexander Ryumin/REUTERS)

      247 - A China não tem poder para obrigar a Rússia a encerrar a Guerra da Ucrânia, como sugere o presidente Volodymyr Zelensky, mas está empenhada em fazer com que a ONU adote oficialmente a proposta que apresentou junto com o Brasil, visando trazer os rivais para a mesa de negociações. A avaliação é do negociador chinês Li Hui, que esteve em Brasília na quarta-feira (31) conversando com representantes do governo Lula, incluindo o assessor especial Celso Amorim, o assessor Ibrahim Abdulhak Neto e o secretário do Itamaraty para Ásia e Pacífico, Eduardo Saboia, e foi feita durante entrevista ao jornal Folha de S. Paulo

      China e Brasil enviaram carta à ONU pedindo que sua proposta seja discutida na Assembleia-Geral de setembro. Li afirma que 110 nações apoiam o documento. A China escolheu países de fora da zona de conflito para buscar apoio à proposta, ressaltando o impacto global da guerra. "A segurança energética e alimentar da Ásia, África e América Latina foi severamente afetada", disse.

      Nesta semana, Zelensky afirmou recentemente que "se a China quiser, ela pode forçar a Rússia a parar essa guerra" e expressou desejo de que Pequim pressione Moscou. Li respondeu que isso não é realista, já que a China não participa do conflito e a Rússia é um país soberano e independente, além de parceiro estratégico da China.

      Li também rejeitou acusações de que a aliança entre Vladimir Putin e Xi Jinping faz da China um ator parcial na crise, destacando que busca uma solução objetiva e imparcial. 

      Li também relatou aos brasileiros sua percepção sobre o momento atual, que inclui um raro alinhamento de discurso entre Kiev e Moscou sobre discutir a paz, após a visita do chanceler ucraniano Dmitro Kuleba à China.

      Kiev quer negociar a partir de dez pontos definidos por Zelensky, sem concessões aos russos, enquanto Putin exige neutralidade, desarmamento e a cessão de 20% do território ucraniano para parar os combates.

      Ao ser questionado sobre a posição da China, Li citou os princípios de Xi, como o respeito à soberania territorial e à Carta da ONU. Li também destacou a importância do comunicado conjunto China-Brasil, que pede a suspensão de ganhos territoriais com um cessar-fogo, mas não menciona a devolução das regiões anexadas por Putin. Li criticou discretamente Kiev por não convidar Moscou para a conferência de paz na Suíça, lembrando que a Rússia rejeita ultimatos.

      A posição chinesa é vista por críticos como uma estratégia para ganhar tempo enquanto Putin avança lentamente. Contudo, relatos indicam avanços nas negociações, com a recente troca de reféns entre Rússia e Ocidente. Em relação às acusações ocidentais de apoio militar à Rússia, Li nega o fornecimento de armas letais e critica a desinformação dos EUA. Ele destacou que "60% dos componentes de armas russas vêm do Ocidente" e ironizou as sanções contra empresas chinesas.

      Ele citou ainda, o papel da China em reaproximar o Irã e a Arábia Saudita, além de facções palestinas, em meio ao conflito entre Israel e a Palestina. "A comunidade internacional considera que é preciso acumular condições para um cessar-fogo", afirmou, apontando que "não há solução simples" e criticando a mentalidade de Guerra Fria.

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