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      Musk diz que Trump não seria presidente sem ele e crise entre aliados se intensifica

      Trump declarou estar “profundamente decepcionado” com Musk

      O presidente dos EUA, Donald Trump, e Elon Musk participam de uma coletiva de imprensa no Salão Oval da Casa Branca, em Washington, DC, EUA, em 30 de maio de 2025 (Foto: REUTERS/Nathan Howard)
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      247 - A relação entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e Elon Musk, seu ex-secretário e principal apoiador durante a campanha de 2024, entrou em colapso nesta quinta-feira (5), com uma troca pública de acusações sem precedentes. A reportagem é do Valor Econômico.

      Durante a cerimônia de recepção do premiê alemão Friedrich Merz na Casa Branca, Trump declarou estar “profundamente decepcionado” com Musk, que deixou o governo em maio após comandar o polêmico Departamento de Eficiência Governamental. O presidente criticou duramente as recentes falas do bilionário sobre o plano de cortes de impostos e gastos que tramita no Senado e sugeriu que Musk estaria “com saudade da Casa Branca” e sofreria de “síndrome da raiva de Trump”. “Elon e eu tínhamos um ótimo relacionamento. Não sei se continuaremos assim”, afirmou Trump.

      A resposta de Musk veio de imediato e de forma contundente, por meio de sua própria plataforma, a rede social X. “Sem mim, Trump teria perdido a eleição”, escreveu o dono da Tesla e da SpaceX, em tom desafiador. A declaração rebate diretamente Trump, que, momentos antes, havia minimizado o impacto da ajuda do bilionário em sua reeleição, ao afirmar que teria vencido na Pensilvânia mesmo sem os recursos do empresário, que injetou ao menos US$ 250 milhões na campanha republicana.

      O clima entre os dois deteriorou-se ainda mais quando Trump alegou que Musk já conhecia o conteúdo do pacote fiscal criticado. O presidente se referia ao projeto como algo que “não era surpresa” para o ex-aliado. Musk reagiu em tempo real: “Falso”, escreveu ele em sua plataforma. “Este projeto de lei nunca foi mostrado para mim. Nem uma única vez e foi aprovado na calada da noite tão rápido que quase ninguém no Congresso conseguiu ler”.
      A escalada do conflito marca uma reviravolta nas relações entre duas das figuras mais poderosas dos Estados Unidos. Musk, que desempenhou papel estratégico na vitória de Trump em 2024 — inclusive com investimentos bilionários em campanhas digitais e em articulações políticas —, agora assume um discurso de oposição frontal ao governo que ajudou a eleger.

      O episódio também reacende debates sobre os riscos da fusão entre poder político e influência de bilionários na democracia americana. Embora ambos tenham se beneficiado mutuamente durante a eleição, a crise deixa evidente os limites dessa aliança, baseada mais em conveniência do que em confiança.

      A tensão promete novas repercussões nos bastidores de Washington e no mercado, especialmente diante do ime legislativo envolvendo o pacote econômico. A atuação de Musk como desafeto do governo poderá reorganizar parte do campo político e influenciar tanto decisões de parlamentares quanto a base eleitora trumpista — que vê no empresário um símbolo de inovação e “liberdade de expressão”.

      Com os dois protagonistas dispostos ao confronto público, o cenário político dos Estados Unidos entra em uma fase de incerteza, onde egos bilionários e cálculos eleitorais se chocam no centro do poder mundial.

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