window.dataLayer = window.dataLayer || []; window.dataLayer.push({ 'event': 'author_view', 'author': 'Redação Brasil 247', 'page_url': '/mundo/multidao-acompanha-funeral-de-hassan-nasrallah-em-beirute-apos-ataque-israelense' });
TV 247 logo
      HOME > Mundo

      Multidão acompanha funeral de Hassan Nasrallah em Beirute após ataque israelense

      Líder do Hezbollah foi morto em bombardeio israelense; sucessor promete resistência contínua contra ocupação

      Funeral de Hassan Nasrallah (Foto: Reuters)
      Redação Brasil 247 avatar
      Conteúdo postado por:

      247 – Centenas de milhares de pessoas acompanharam neste domingo (23) o funeral do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em Beirute, quase cinco meses após sua morte em um ataque aéreo israelense. A cerimônia foi realizada no estádio Camille Chamoun Sports City, localizado nos subúrbios controlados pelo grupo na capital libanesa. Segundo uma fonte de segurança do Líbano citada pela Reuters, a multidão pode ter chegado a um milhão de pessoas.

      Carregando bandeiras do Hezbollah e imagens de Nasrallah, apoiadores do grupo xiita vieram não apenas do Líbano, mas de diversas partes da região. Após a cerimônia no estádio, uma procissão funerária percorreu as ruas antes do enterro do líder em um cemitério próximo.

      Impacto da morte e resposta do Hezbollah

      A morte de Nasrallah representou um golpe significativo para o Hezbollah, que ele comandou por décadas, transformando-o em uma força militar de grande influência regional. O grupo enfrentou fortes perdas nos últimos meses devido à escalada das operações militares israelenses no Líbano.

      Durante o funeral, o atual líder do Hezbollah, Naim Qassem, discursou para os presentes por meio de uma transmissão de um local não revelado. "Não nos renderemos e não aceitaremos que continuem nos matando e ocupando nossas terras sem resposta", declarou. Qassem afirmou que o Hezbollah continuará lutando pela retirada das forças israelenses e pressionará pela devolução dos corpos de combatentes do grupo detidos por Israel. "Escolhemos disparar quando achamos necessário e somos pacientes quando vemos que é estratégico", acrescentou.

      Mesmo após a retirada terrestre da maior parte das forças israelenses do sul do Líbano, a aviação de Israel continua realizando ataques aéreos contra o que considera posições do Hezbollah no país. Durante o funeral, aviões israelenses sobrevoaram Beirute, provocando gritos de "Morte a Israel" entre os participantes.

      O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, publicou nas redes sociais que os sobrevoos eram um "recado claro". "Quem ameaça destruir Israel e ataca Israel terá esse destino. Vocês se especializarão em funerais, e nós em vitórias", escreveu.

      Funeral e repercussão internacional

      A cerimônia contou com a presença de delegações de diversos países, incluindo o chanceler iraniano Abbas Araqchi e representantes de grupos xiitas do Iraque e do Iêmen. O governo iraniano reforçou seu apoio ao Hezbollah e classificou a morte de Nasrallah como um "ato de guerra" por parte de Israel.

      O presidente do Líbano, Joseph Aoun, foi convidado para o funeral, mas não compareceu. Em um encontro com autoridades iranianas antes da cerimônia, Aoun afirmou que o Líbano está "cansado das guerras travadas por outros em seu território" e que o país "pagou um preço alto pela causa palestina".

      A morte de Nasrallah também impactou a política interna libanesa. Enfraquecido pela guerra com Israel e pela crise econômica, o Hezbollah tem encontrado dificuldades para manter sua influência. A nova composição do governo do Líbano, formada após meses de ime, não inclui menções diretas à legitimidade do arsenal do Hezbollah, algo que em outros tempos era inquestionável dentro da política libanesa.

      Outro homenageado no funeral foi Hashem Safieddine, que assumiu temporariamente a liderança do Hezbollah após a morte de Nasrallah, mas foi morto pouco depois em outro ataque israelense. Como o enterro oficial de Nasrallah foi adiado para permitir a retirada de tropas israelenses do sul do Líbano sob um cessar-fogo mediado pelos EUA, seu corpo foi inicialmente sepultado ao lado de seu filho, Hadi Nasrallah, morto em combate contra Israel em 1997.

      O funeral massivo foi visto como uma demonstração de força do Hezbollah, apesar das grandes perdas sofridas. "Perdemos um grande homem, mas não perdemos o valor da resistência, porque a resistência continua firme", declarou Hassan Nasreddine, um dos presentes na cerimônia.

      O conflito entre Israel e Hezbollah se intensificou após o grupo libanês entrar em ação em apoio ao Hamas, no início da guerra em Gaza, em outubro de 2023. Com a escalada militar, a situação no Líbano permanece volátil, e o futuro da região segue incerto.

      ❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com [email protected].

      ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

      Rumo ao tri: Brasil 247 concorre ao Prêmio iBest 2025 e jornalistas da equipe também disputam categorias

      Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

      Cortes 247

      Relacionados