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      Ministra diz que Espanha levará "muitos dias" para entender apagão e não descarta ciberataque

      Sara Aagesen defende energias renováveis e afirma que apontá-las como causa da falha elétrica é “simplista” e precipitado

      Pessoas usam celulares e lanternas para comprar mantimentos dentro do supermercado durante o apagão em Barcelona 28/04/2025 (Foto: REUTERS/Bruna Casas)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - Quase uma semana após o maior apagão da história da Espanha, a ministra para a Transição Ecológica, Sara Aagesen, afirmou que ainda levará “muitos dias” até que se conheçam as causas do incidente, informa reportagem da AFP repercutida pela Folha de S. Paulo neste domingo (4). O blecaute, ocorrido na última segunda-feira (28), paralisou amplas regiões do território espanhol e reacendeu o debate sobre a resiliência do sistema elétrico diante da crescente dependência de fontes renováveis.

      “Estamos falando de muitos dias”, disse a ministra ao ser questionada pelo El País sobre o prazo para apuração completa das causas. Aagesen afirmou que “todas as hipóteses estão abertas”, incluindo a possibilidade de um ciberataque, uma linha de investigação que ainda não foi descartada pelas autoridades.

      Sistema vulnerável diante de transição energética acelerada - De acordo com o El País, as preocupações sobre a robustez do sistema já vinham sendo alertadas por especialistas do setor. Em comunicado divulgado há dois meses, a Red Eléctrica de España (REE), operadora da rede elétrica, advertiu investidores sobre os riscos associados à rápida substituição de usinas convencionais, movidas a carvão, por fontes renováveis, como a solar e a eólica. O alerta indicava que a menor capacidade de controle e armazenamento nessas tecnologias poderia comprometer a estabilidade do fornecimento em momentos críticos.

      A ministra reconheceu que há indícios de uma possível anomalia em instalações fotovoltaicas situadas no sudoeste do país, mas ponderou que ainda é cedo para tirar conclusões. “Até hoje não sabemos quais instalações de geração foram as que deixaram de estar no sistema”, explicou Aagesen. “Falar de [energia] solar fotovoltaica pode ser precipitado, embora no mapa se possam ver as diferentes tecnologias de geração de cada zona. E há muita solar fotovoltaica no sudoeste da Espanha".

      Renováveis continuam sendo prioridade estratégica - Aagesen também defendeu enfaticamente a importância das fontes renováveis para a segurança energética do país. Segundo ela, “as renováveis estão dando a possibilidade à Espanha de alcançar uma independência energética muito importante em um mundo vulnerável geopoliticamente. Ter sua energia própria é fundamental”. A ministra classificou como “simplista” qualquer tentativa de responsabilizar essas tecnologias pelo apagão sem uma investigação técnica completa.

      A preocupação com o equilíbrio entre produção e demanda de eletricidade, especialmente em um sistema onde predominam fontes intermitentes como solar e eólica, é compartilhada por diversos especialistas. Eles apontam que, sem ferramentas tecnológicas adequadas para armazenamento e resposta rápida, o risco de descompensação pode ser maior.

      Interconexões internacionais podem reforçar estabilidade - Outra solução em discussão é a melhoria das interconexões com redes de países vizinhos, como a França. A integração regional poderia funcionar como mecanismo de apoio emergencial diante de flutuações inesperadas no fornecimento, algo que ganha importância à medida que a Espanha avança na transição energética.

      A avaliação do governo é de que o apagão representa um ponto crítico, mas não deve comprometer os objetivos estratégicos em relação ao uso de fontes limpas. “As energias renováveis não são inseguras”, reiterou Sara Aagesen, sublinhando a necessidade de cautela nas análises enquanto as investigações estão em curso.

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