Merz promete reformas na Alemanha ao apresentar seu gabinete
Merz, cujo bloco conservador CDU/CSU venceu a eleição de fevereiro, e os líderes do Partido Social-Democrata (SPD) am o tratado de coalizão
Por Sarah Marsh e Andreas Rinke
BERLIM (Reuters) - O líder conservador Friedrich Merz prometeu nesta segunda-feira agir rapidamente para reformar a Alemanha, um dia antes de tomar posse como chanceler e liderar uma coalizão com os social-democratas.
Merz, cujo bloco conservador CDU/CSU venceu a eleição de fevereiro, e os líderes do Partido Social-Democrata (SPD) am o tratado de coalizão que traça seus planos para os próximos quatro anos.
Os dois partidos pretendem impulsionar o crescimento na Alemanha, no momento em que uma guerra comercial global desencadeada pelas amplas tarifas de importação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaça outro ano de recessão, bem como aumentar os gastos com defesa.
"A partir de amanhã, vocês terão um governo que está determinado a fazer a Alemanha avançar por meio de reformas e investimentos", disse Merz.
A voz de seu governo será "ouvida na Europa e no mundo", disse ele, depois que a implosão, em novembro do ano ado, da coalizão tripartite do chanceler Olaf Scholz, do SPD, deixou um vácuo político no coração da Europa.
O co-líder do SPD, Lars Klingbeil, disse que o novo governo deve ajudar a moldar a nova ordem mundial, ou correrá o risco de ser "moldado por ela".
No início desta segunda-feira, o SPD revelou suas escolhas para o Gabinete, com uma mistura de rostos novos e conhecidos. O SPD já havia dito na semana ada que Klingbeil assumiria o Ministério das Finanças.
O ministro da Defesa, Boris Pistorius, é o único ministro que manterá seu cargo na nova coalizão, depois que o SPD obteve o pior resultado de sua história na eleição nacional.
Pistorius, ministro da Defesa desde janeiro de 2023, é popular por seu estilo direto e sua postura firme em relação à segurança nacional.
Ele disse que a Alemanha deve estar pronta para enfrentar uma guerra até 2029 devido às ameaças da Rússia - uma declaração ousada em um país marcado por sua própria agressão militar no século ado.
"Como consequência dos resultados ruins na eleição federal, anunciamos conjuntamente uma renovação tanto na equipe quanto na direção política. Com nossa equipe de governo, nós, como liderança do partido, estamos agora dando o próximo o", disseram Klingbeil, a co-líder Saskia Esken e o secretário-geral Matthias Miersch em um comunicado.
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