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      Massacre na Síria: mais de mil mortos em três dias de conflito

      Minoria alauíta é alvo principal da violência; Cruz Vermelha pede o às áreas afetadas

      Fumaça sobe enquanto membros das novas forças regulares sírias viajam em um veículo enquanto lutam contra uma insurgência incipiente de combatentes aliados ao líder deposto Bashar al-Assad, em Latakia, Síria, 7 de março de 2025 (Foto: REUTERS/Karam al-Masri)
      Camila França avatar
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      247 - O confronto entre as forças de segurança sírias e rebeldes leais ao ex-ditador Bashar al-Assad já deixou mais de mil mortos em apenas três dias, conforme informações do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). O episódio é um dos maiores massacres registrados na Síria desde 2011 e tem como principais vítimas civis da minoria alauíta, grupo religioso ao qual pertence Assad. Entre os mortos, há um grande número de mulheres e crianças, vítimas de execuções realizadas por forças do governo interino sírio e seus aliados, destaca reportagem de O Globo.

      O OSDH reporta que pelo menos 750 civis foram mortos, além de 125 combatentes das forças do governo e 148 insurgentes pró-Assad. No entanto, o número real pode ser ainda maior, dada a dificuldade de o às áreas afetadas.

      As autoridades sírias anunciaram no sábado (data não especificada) que "restabeleceram a ordem" no noroeste do país, uma das principais bases de apoio do ex-ditador, que governou a Síria com mão de ferro por 24 anos. Em meio ao caos, o presidente interino Ahmed al-Sharaa fez um apelo por "unidade nacional" e pediu que os insurgentes "deponham as armas e se rendam antes que seja tarde demais".

      Violência intensificada na região alauíta

      O conflito começou na quinta-feira, quando apoiadores de Assad lançaram um ataque contra forças de segurança em Jablé, na província de Latakia, no oeste do país. A região é um dos principais redutos da comunidade muçulmana alauíta, historicamente ligada à família Assad. O OSDH relatou que, além das execuções em massa, houve saques a propriedades.

      A agência estatal síria Sana informou que as forças de segurança repeliram um "ataque de remanescentes do regime deposto" contra o hospital nacional de Latakia. Além disso, tropas do governo interino foram enviadas para Jablé, Latakia e Baniyas, cidades estratégicas, para restaurar a ordem.

      Vídeos divulgados por ativistas e pelo OSDH mostram dezenas de corpos empilhados no pátio de uma casa, enquanto mulheres choram ao redor. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) pediu o "seguro" às regiões afetadas para que equipes médicas e de resgate possam atuar.

      Reações internacionais e a instabilidade do governo interino

      A comunidade internacional reagiu com preocupação à escalada da violência. A França condenou "nos termos mais enérgicos as atrocidades cometidas contra civis por motivos confessionais e contra prisioneiros". Países vizinhos e potências ocidentais enfatizaram a necessidade de estabilidade na nova Síria, que busca financiamento para sua reconstrução após anos de guerra civil.

      Nas redes sociais, relatos de massacres contra civis alauítas se multiplicaram. Um morador de Baniyas, Samir Haidar, de 67 anos, afirmou à AFP que dois de seus irmãos e sua sobrinha foram mortos por "grupos armados" que invadiram suas casas. Ele conseguiu escapar para um bairro sunita, mas contou que "se tivesse chegado cinco minutos mais tarde, teria sido morto... fomos salvos nos últimos minutos".

      O governo interino enfrenta desafios de legitimidade e segurança. Liderado por Ahmed al-Sharaa, ex-membro do grupo islâmico Hayat Tahrir al-Sham (HTS), o novo governo tenta consolidar sua autoridade, mas enfrenta resistência de facções extremistas. O analista Aron Lund, do centro de estudos Century International, avalia que "grande parte da nova autoridade está nas mãos de jihadistas radicais que consideram os alauítas inimigos de Deus". Para ele, os recentes confrontos demonstram "a fragilidade do atual governo" e a possibilidade de novas ondas de violência.

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