Macron diz que Trump não pode ser fraco com Putin

247 - O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou na quinta-feira (20) que a França está entrando em uma "nova era" na política global e pretende pedir ao presidente dos EUA, Donald Trump, que mantenha uma posição firme contra o presidente russo Vladimir Putin. A declaração de Macron ocorre no momento em que a Europa enfrenta incertezas após a decisão de Trump de se engajar novamente na diplomacia com Putin para encerrar a guerra de três anos na Ucrânia, ignorando aliados europeus e Kiev.

Falando antes de sua próxima visita a Washington, Macron revelou seu plano de pressionar Trump sobre sua abordagem à Rússia, enfatizando: "Você não pode ser fraco com o presidente Putin. Não é quem você é, não é sua marca registrada, não é do seu interesse." Macron fez essa declaração durante uma sessão de perguntas e respostas com o público francês nas redes sociais.

Trump deve se encontrar com Macron na segunda-feira (24) e com o primeiro-ministro britânico Keir Starmer na quinta-feira na Casa Branca. Essas reuniões ocorrerão após o anúncio de Trump de sua disposição de negociar diretamente com Putin para resolver o conflito na Ucrânia, um movimento que alarmou os líderes europeus.

Os comentários de Trump causaram desconforto por toda a Europa, com preocupações crescentes sobre o potencial impacto na segurança europeia. Autoridades sas alertaram sobre a ameaça significativa representada pela Rússia, com Macron afirmando: "A Rússia representa uma ameaça existencial para os europeus".

Macron sublinhou a necessidade de a França "reforçar a segurança" à luz da dinâmica mutável EUA-Rússia. Ele acrescentou: "Estou convencido de que estamos entrando em uma nova era. Ela nos imporá escolhas. Nós, europeus, devemos aumentar nosso esforço de guerra."

Embora Macron tenha descartado o envio imediato de tropas sas para a Ucrânia, ele revelou que a França está considerando garantias de segurança para a Ucrânia se um acordo de cessar-fogo com a Rússia for alcançado.

"Não decidi enviar tropas para a Ucrânia amanhã, não", Macron esclareceu. "O que estamos considerando é enviar forças para garantir a paz uma vez que ela tenha sido negociada."