Líder do Irã pede ação conjunta com o Paquistão para frear genocídio em Gaza

247 - O líder supremo do Irã, aiatolá Seyed Ali Khamenei, defendeu nesta segunda-feira (26), durante reunião com o primeiro-ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, a adoção de medidas conjuntas entre os dois países para conter os crimes cometidos por Israel na Faixa de Gaza. A declaração foi publicada pelo canal Hispan TV em meio ao aumento do gencídio e aravamento da tragédia humanitária no território palestino.

“O mundo islâmico tem a responsabilidade de se levantar e agir contra as atrocidades em Gaza. Irã e Paquistão devem desempenhar um papel ativo para impedir esse genocídio”, afirmou Khamenei ao lado do chefe de governo paquistanês. Segundo o líder iraniano, a continuidade dos bombardeios e da repressão contra civis palestinos exige ações concretas e imediatas, não apenas condenações formais.

O encontro aconteceu em Teerã e faz parte de uma série de diálogos diplomáticos que o Irã vem promovendo com países de maioria muçulmana desde o início do genocídio perpetrado por Israel em Gaza. “Não se trata apenas de um conflito. O que vemos é um massacre sistemático, amparado pela impunidade internacional e pela conivência de grandes potências”, denunciou o aiatolá.

O número de mortos em Gaza desde o início da ofensiva israelense já chega a 53.977, conforme atualização divulgada por autoridades locais. A cifra eleva ainda mais o grau de indignação internacional e reforça os apelos por cessar-fogo e pelo fim do bloqueio ao território palestino.

Enquanto isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um comunicado lamentando que nenhum de seus caminhões de ajuda humanitária tenha conseguido entrar em Gaza nos últimos dias. A entidade classifica a situação como “catastrófica” e alerta para o risco de colapso total nos serviços de saúde da região, em meio à destruição de hospitais e à escassez de medicamentos, alimentos e água potável.

A visita de Shehbaz Sharif ao Irã tem também um componente estratégico: além da pauta palestina, os dois países buscam reforçar laços econômicos e de segurança em meio à crescente instabilidade regional. O premiê paquistanês expressou solidariedade à população de Gaza e concordou com a necessidade de “ações práticas”, embora sem detalhar medidas específicas.