Líder da oposição na Tanzânia é acusado de traição após exigir reformas eleitorais
Tundu Lissu, presidente do CHADEMA, enfrenta acusações graves após defender mudanças no sistema eleitoral antes das eleições de outubro
247 - O líder da oposição na Tanzânia, Tundu Lissu, foi formalmente acusado de traição na última quinta-feira (10), após ser detido durante um comício público no qual exigia reformas eleitorais antes das eleições gerais previstas para outubro. A informação foi divulgada pela Associated Press.
Lissu, que preside o principal partido de oposição do país, o CHADEMA, foi preso na noite de quarta-feira (9) em Mbinga, no sul do país, sob a acusação de incitação. Durante o comício, ele se recusou a entrar no veículo policial, afirmando: "Não entrarei no veículo. Dormiremos aqui. Qual é o problema"> if (googletag && googletag.apiReady) { googletag.cmd.push(() => { googletag.display(id); }); }
Lissu, advogado de formação, já foi alvo de diversas detenções e, em 2017, sobreviveu a uma tentativa de assassinato em que foi baleado 16 vezes. Após anos no exílio, retornou ao país em 2023, após a presidente Samia Suluhu Hassan suspender a proibição de comícios da oposição. No entanto, organizações de direitos humanos acusam o governo de retomar práticas repressivas contra opositores.
Analistas políticos alertam que as acusações contra Lissu podem indicar um retrocesso democrático na Tanzânia. O pesquisador Nicodemus Minde afirmou: "Essas são acusações graves e sérias, e uma indicação de que o governo fará qualquer coisa para permanecer no poder".