Leão, o primeiro papa dos EUA, critica políticas nacionalistas em missa dominical

CIDADE DO VATICANO, (Reuters) - O Papa Leão criticou o surgimento de movimentos políticos nacionalistas neste domingo (8), chamando-os de infelizes, sem nomear um país ou líder nacional específico.

Leão, o primeiro papa dos EUA, pediu durante uma missa com uma multidão de dezenas de milhares na Praça de São Pedro que Deus "abrisse fronteiras, derrubasse muros (e) dissie o ódio".

"Não há espaço para preconceitos, para zonas de 'segurança' que nos separem dos nossos vizinhos, para a mentalidade excludente que, infelizmente, vemos agora emergir também nos nacionalismos políticos", disse o pontífice.

Leo, o ex-cardeal Robert Prevost, foi eleito em 8 de maio para suceder o falecido Papa Francisco como líder da Igreja de 1,4 bilhão de membros.

Antes de se tornar pontífice, Prevost não era tímido em criticar o presidente dos EUA, Donald Trump, compartilhando inúmeras postagens desaprovadoras sobre Trump e o vice-presidente JD Vance no X nos últimos anos.

O Vaticano não confirmou a propriedade do novo papa da conta X, que tinha o identificador @drprevost, abre uma nova aba, e foi desativado após a eleição de Leo.

Francisco, papa por 12 anos, era um crítico ferrenho de Trump. O falecido papa disse em janeiro que o plano do presidente de deportar milhões de migrantes nos EUA durante seu segundo mandato era uma "vergonha".

Anteriormente, Francisco disse que Trump "não era cristão" por causa de suas opiniões sobre imigração.

"Uma pessoa que pensa apenas em construir muros, onde quer que estejam, e não em construir pontes, não é cristã", disse Francisco quando questionado sobre Trump em 2016 .

Leo estava celebrando uma missa de Pentecostes, um dos feriados mais importantes da Igreja.