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      Israel mantém bloqueio total à entrada de ajuda humanitária em Gaza

      Com hospitais prestes a fechar e crianças sofrendo de desnutrição grave, organizações internacionais alertam para fome em massa e denunciam crime de guerra

      Faixa de Gaza: campo de refugiados palestinos (Foto: IBRAHEEM ABU MUSTAFA/REUTERS)
      José Reinaldo avatar
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      247 - Um colapso humanitário iminente ameaça a Faixa de Gaza, alertaram autoridades locais e organizações internacionais nesta quarta-feira (16). A grave denúncia foi divulgada pelo Escritório de Mídia de Gaza e confirmada por entidades como a ONU, a UNICEF e Médicos Sem Fronteiras. A reportagem original é da HispanTV, e descreve um cenário alarmante de destruição, fome e descaso internacional diante do bloqueio imposto por Israel à entrada de ajuda humanitária no território palestino.

      "O que está acontecendo na Faixa de Gaza não é uma crise ageira, mas sim um crime organizado de fome que equivale a um crime de guerra, perpetrado pelas forças de ocupação israelenses com cumplicidade e silêncio internacionais", declarou, em nota, a assessoria de imprensa do governo de Gaza. A escassez de insumos é crítica: padarias estão sem funcionar por falta de farinha e combustível; hospitais ameaçam fechar em duas semanas; e as usinas de dessalinização e abastecimento de água estão paralisadas.

      Segundo a UNICEF, mais de 1,1 milhão de crianças em Gaza sofrem de desnutrição grave. Em outro dado estarrecedor, a agência da ONU informou que 322 crianças palestinas morreram em ataques israelenses apenas nos últimos dez dias. A escalada da crise expõe de forma dramática a vulnerabilidade da população infantil em meio ao cerco.

      Em comunicado, as Nações Unidas afirmaram que a desnutrição aguda está aumentando aceleradamente e que a falta de recursos forçou as agências humanitárias a reduzir em dois terços, apenas no mês de março, o número de crianças que recebiam alimentação suplementar. “Israel está mais uma vez usando a fome como arma em Gaza”, denunciaram especialistas da ONU.

      A situação nos hospitais é igualmente desesperadora. As restrições de o impostas por Israel impedem o reabastecimento de suprimentos médicos, colocando milhares de pacientes em risco direto. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) classificou o cenário como um "inferno", diante do agravamento das operações militares e da interrupção da entrada de ajuda desde o início de março.

      A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), que atua na região, afirmou que "Gaza se tornou uma vala comum para a população palestina e para aqueles que vêm ajudá-la". A declaração foi feita por um coordenador do MSF na Faixa, em mais uma denúncia da impossibilidade prática de socorrer as vítimas enquanto o bloqueio israelense persiste.

      O ministro das Relações Exteriores do Egito, Badr Abdelatty, também se manifestou, alertando para o agravamento das condições humanitárias e médicas em Gaza. Segundo ele, a decisão de Israel de bloquear o envio de ajuda desde o início de março elevou os riscos a um nível "muito perigoso". Abdelatty explicou que as recentes viagens do presidente egípcio Abdel Fattah el-Sisi ao Catar e ao Kuwait visam justamente intensificar os esforços para garantir a entrada de auxílio ao território sitiado.

      Desde o início da ofensiva israelense em outubro de 2023, o Ministério da Saúde de Gaza estima que mais de 51 mil palestinos tenham sido mortos, a maioria civis. A interrupção completa da ajuda humanitária, somada à devastação provocada pelos bombardeios contínuos, configura, segundo analistas internacionais, um cenário de genocídio.

      Organizações de direitos humanos e agências da ONU pedem, com urgência, o fim do cerco e o restabelecimento dos corredores humanitários. "Estamos na sétima semana dessa situação, e as operações militares estão se expandindo", denunciou um representante das Nações Unidas, ao reforçar o apelo para que a comunidade internacional atue de forma imediata para evitar o colapso total da vida civil em Gaza.

      A cada dia, a continuidade do bloqueio agrava uma tragédia anunciada. As vozes da população palestina, de médicos e trabalhadores humanitários ressoam como um grito por socorro, enquanto o mundo observa em silêncio.

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