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      Irã reafirma que está aberto a acordo com os EUA, desde que sem ameaças ou intimidação

      Presidente Masoud Pezeshkian destaca diálogo e cooperação regional durante Fórum de Teerã e alerta que seu país não aceitará negociações sob pressão

      Presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, durante entrevista coletiva em Teerã 19/02/2025 (Foto: Majid Asgaripour/WANA (West Asia News Agency) via REUTERS)
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      247 - O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, afirmou neste domingo (18) que um “acordo justo” com os Estados Unidos é possível, desde que Washington abandone sua postura de pressão e intimidação. A declaração foi feita durante encontros bilaterais com representantes do Catar e de Omã, à margem do 6º Fórum de Diálogo de Teerã, realizado na capital iraniana. A informação é do canal iraniano Hispan TV.

      Ao receber o ministro das Relações Exteriores de Omã, Badr Al-Busaidy, Pezeshkian ressaltou que as negociações indiretas entre Irã e Estados Unidos — que já estão em sua quarta rodada — podem levar a um acordo que promova “paz e estabilidade duradouras na região”, desde que haja “esforços sinceros e honestos”. O presidente agradeceu o empenho do sultão Haitham bin Tariq Al Said, de Omã, que tem atuado como mediador entre Teerã e Washington.

      “Se houver honestidade de ambos os lados, especialmente se os Estados Unidos desistirem de sua abordagem baseada em ameaças e coerção, podemos alcançar um acordo que seja justo para todos”, afirmou Pezeshkian, ao lado do chanceler omani.

      O presidente iraniano também destacou que a união entre países muçulmanos é uma estratégia para frustrar os interesses de “atores maliciosos” que se beneficiam da divisão na região. “Quanto mais cooperação e proximidade houver entre as nações islâmicas, mais enfraquecidos ficam aqueles que tentam semear a discórdia”, declarou.

      Badr Al-Busaidy elogiou a postura do governo iraniano e garantiu que Omã seguirá apoiando a diplomacia e o diálogo construtivo como caminhos para a resolução de conflitos. “Acreditamos na sabedoria do entendimento entre vizinhos. E reconhecemos o direito legítimo do Irã de buscar cooperação internacional de forma soberana”, afirmou o ministro de Omã.

      Mais tarde, Pezeshkian reuniu-se também com o primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores do Catar, Muhammad bin Abdulrahman Al Thani. Na ocasião, reforçou a posição iraniana frente às negociações com Washington: “O lado americano deve evitar a abordagem de pressão e intimidação, porque não nos submeteremos à força sob nenhuma circunstância”, declarou.

      Al Thani, por sua vez, reiterou o apoio do Catar ao Irã e condenou as tentativas de negociação a partir de posições de força. “A experiência demonstrou que essa abordagem não funciona. O que deu resultado foi o diálogo e o entendimento”, disse o chanceler catari. 

      A mais recente rodada de negociações indiretas entre Irã e Estados Unidos ocorreu em 11 de maio, em Mascate, capital de Omã. Os encontros têm como principal objetivo a retomada de entendimentos sobre o programa nuclear iraniano e o possível levantamento das sanções econômicas impostas pelos EUA. 

      Contudo, os diálogos têm enfrentado obstáculos relevantes. Segundo as autoridades iranianas, as medidas contraditórias por parte de Washington — como a imposição de novas sanções e o uso de retórica agressiva — minam os avanços conquistados. Teerã também rechaça qualquer tentativa de ingerência sobre o direito do país de utilizar energia nuclear para fins pacíficos.

      “Não aceitaremos que outros países nos digam o que podemos ou não fazer em nosso próprio território. A energia nuclear com fins pacíficos é um direito legítimo do povo iraniano, conforme previsto nos tratados internacionais”, afirmou um porta-voz da diplomacia iraniana em nota paralela ao Fórum. 

      A política de “pressão máxima” contra o Irã, reforçada sob o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, ainda reverbera na diplomacia atual, apesar da mudança de retórica de alguns setores da Casa Branca. A continuidade das sanções econômicas tem sido apontada por Teerã como o principal empecilho ao avanço das negociações.

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