Irã: Ali Khamenei critica exigências dos EUA e homenageia Raisi em cerimônia em Teerã

247 - Em pronunciamento nesta terça-feira (20), o Líder Supremo do Irã, Ayatollah Ali Khamenei, rejeitou as exigências dos Estados Unidos para que Teerã interrompa o enriquecimento de urânio, classificando-as como "excessivas e ultrajantes".

Khamenei expressou ceticismo quanto ao sucesso das negociações nucleares em andamento, afirmando que os EUA devem evitar fazer "exigências sem sentido" nas conversas.

As declarações foram feitas durante uma cerimônia em Teerã que marcou o primeiro aniversário da morte do ex-presidente Ebrahim Raisi, falecido em um acidente de helicóptero em 2024. Khamenei elogiou Raisi por sua humildade e dedicação ao povo iraniano, destacando que ele "não se considerava superior ao povo" e levava uma vida modesta.

O evento contou com a presença de altos funcionários do governo iraniano, familiares de mártires e membros do público. Entre os presentes estavam os filhos do falecido secretário-geral do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, que foi assassinado em um ataque aéreo israelense em Beirute no ano ado.

O atual presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, prestou homenagens visitando a mãe de Raisi na cidade sagrada de Mashhad. Além disso, líderes de grupos de resistência, como o secretário-geral do Hezbollah, Sheikh Naim Qassem, descreveram Raisi como "um homem notável que ocupou posições sensíveis e de alto escalão ao longo de sua vida".

As críticas de Khamenei às exigências dos EUA ocorrem em meio a tensões persistentes nas negociações nucleares. O Irã insiste que seu programa nuclear tem fins pacíficos e que não precisa de permissão externa para prosseguir com suas políticas. O líder iraniano também lembrou como Raisi, em discurso na Assembleia Geral da ONU, ergueu o Alcorão e uma foto do mártir Qassem Soleimani, chamando isso de "fonte de orgulho" para o Irã.

As negociações para um novo acordo nuclear enfrentam imes, especialmente após os EUA exigirem que o Irã interrompa o enriquecimento de urânio. O Irã, por sua vez, afirma que continuará com o enriquecimento, independentemente de um acordo ser alcançado.