Índice de aprovação de Trump cai; muitos cautelosos sobre tentativa de ampliar poder, mostra pesquisa Reuters/Ipsos
Republicano assinou dezenas de decretos expandindo sua influência sobre departamentos do governo e instituições privadas
WASHINGTON (Reuters) - O índice de aprovação pública do presidente dos EUA, Donald Trump, caiu para seu nível mais baixo desde seu retorno à Casa Branca, conforme os norte-americanos mostraram sinais de cautela em relação a seus esforços para ampliar seu poder, mostrou uma pesquisa Reuters/Ipsos encerrada nesta segunda-feira.
Cerca de 42% dos entrevistados na pesquisa de seis dias aprovaram o desempenho de Trump como presidente, abaixo dos 43% de uma pesquisa Reuters/Ipsos realizada três semanas antes e dos 47% nas horas seguintes à sua posse em 20 de janeiro.
O início do mandato de Trump deixou seus adversários políticos atônitos, pois ele assinou dezenas de decretos expandindo sua influência sobre departamentos do governo e instituições privadas, como universidades e escritórios de advocacia.
Embora o índice de aprovação de Trump permaneça mais alto do que os índices vistos durante a maior parte do mandato de seu antecessor democrata, os resultados da pesquisa Reuters/Ipsos sugerem que muitos norte-americanos estão desconfortáveis com suas medidas para punir universidades que ele considera muito progressistas e para se instalar como presidente do conselho do Kennedy Center, uma importante instituição cultural e de teatro em Washington.
Para 83% dos 4.306 entrevistados, o presidente dos EUA precisa obedecer às decisões dos tribunais federais, mesmo que não queira. Autoridades do governo Trump podem enfrentar acusações criminais de desacato por violarem a ordem de um juiz federal que suspendeu as deportações de supostos membros de uma gangue venezuelana que não tiveram chance de contestar suas remoções.
Além disso, 57% -- incluindo um terço dos republicanos -- discordaram da afirmação de que "não há problema em um presidente dos EUA reter financiamento de universidades se o presidente não concordar com a forma como a universidade é istrada"
Trump, que tem argumentado que as universidades não estão conseguindo combater o antissemitismo no campus, congelou grandes somas de dinheiro federal orçadas para as universidades dos EUA, incluindo mais de US$2 bilhões somente para a Universidade de Harvard.
Uma parcela semelhante dos entrevistados, 66%, disse que não achava que o presidente deveria controlar as principais instituições culturais, como museus e teatros nacionais. No mês ado, Trump ordenou que o Smithsonian Institution, o vasto complexo de museus e pesquisas que é o principal espaço de exibição da história e da cultura dos EUA, removesse ideologia "imprópria".
Em todas as questões da pesquisa, desde inflação e imigração até tributação e estado de direito, a sondagem Reuters/Ipsos mostrou que os norte-americanos que desaprovaram o desempenho de Trump superaram numericamente os que o aprovaram. Em relação à imigração, sua área mais forte de apoio, 45% dos entrevistados aprovaram o desempenho de Trump, mas 46% o desaprovaram.
A pesquisa teve uma margem de erro de cerca de 2 pontos percentuais.
Para 59% dos entrevistados, incluindo um terço dos republicanos, os Estados Unidos estavam perdendo credibilidade no cenário global.
Três quartos dos entrevistados disseram que Trump não deveria concorrer a um terceiro mandato -- um caminho que Trump disse que gostaria de seguir, embora a Constituição dos EUA o impeça de fazer isso. A maioria dos republicanos entrevistados, 53%, disse que Trump não deveria buscar um terceiro mandato.
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