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      Índia ataca supostas sedes de grupos terroristas no coração do Paquistão

      Bombardeios em Bahawalpur e Muridke matam civis, incluindo parentes do líder da Jaish-e-Mohammed, e elevam tensão entre potências nucleares asiáticas

      Destroços de centro atacado pela Índia no Paquistão (Foto: Reuters)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – A Índia realizou nesta quarta-feira (7) os mais significativos ataques em solo paquistanês das últimas décadas, atingindo alvos nas cidades de Bahawalpur e Muridke, no centro do Paquistão. Segundo reportagem da agência Reuters, os bombardeios teriam como objetivo as sedes dos grupos militantes islâmicos Jaish-e-Mohammed (JeM) e Lashkar-e-Taiba (LeT), organizações acusadas por Nova Délhi de fomentar o terrorismo em território indiano.

      Em Bahawalpur, as forças indianas atingiram um seminário islâmico que, segundo o grupo JeM, havia sido esvaziado de estudantes dias antes diante de rumores de um possível ataque. Ainda assim, 13 pessoas foram mortas, entre elas dez familiares de Masood Azhar, fundador do JeM, incluindo crianças, a irmã de Azhar e seu cunhado, conforme informou o Exército do Paquistão. "A brutalidade de (o primeiro-ministro indiano Narendra) Modi rompeu todas as normas", disse o grupo em comunicado. “A dor e o choque são indescritíveis”.

      Milhares de pessoas participaram do funeral das vítimas em um estádio da cidade, gritando “Allahu Akbar” e entoando cânticos religiosos. Masood Azhar e seu irmão Abdul Rauf Asghar, apontado como vice-líder do JeM, não compareceram às cerimônias.

      Ataque coordenado em múltiplos alvos

      Quase simultaneamente, por volta da meia-noite, outro bombardeio indiano atingiu um amplo complexo em Muridke, ao norte do país, onde quatro mísseis teriam sido disparados em um intervalo de seis minutos. A ação destruiu uma mesquita e um prédio istrativo. Três pessoas morreram soterradas. Embora um letreiro identificasse o local como um centro de saúde e educação do governo, a Índia afirma que o espaço está vinculado ao LeT, grupo acusado pelos atentados de 2008 em Mumbai, que deixaram mais de 160 mortos.

      Nova Délhi declarou que os ataques miraram com precisão nove "campos terroristas", incluindo as sedes de seus principais adversários. “Nas últimas três décadas, o Paquistão construiu sistematicamente uma infraestrutura de terror”, disse o governo indiano em um briefing. Segundo autoridades paquistanesas, os ataques mataram 26 civis e feriram 46. A maioria dos mortos, segundo Islamabad, era composta por mulheres e crianças.

      Reações e contexto regional

      O LeT é uma organização proibida e apontada como responsável pelo massacre em Mumbai, embora negue envolvimento. Seu líder, Hafiz Saeed, está preso desde 2020 por acusações de financiamento ao terrorismo. Saeed afirma que sua rede atua em áreas sociais, com seminários, escolas, ambulâncias e hospitais, negando vínculos com militância armada.

      A ofensiva surge como resposta ao assassinato de 26 pessoas – em sua maioria turistas – no território da Caxemira indiana no mês ado, fato que Nova Délhi atribui a militantes ligados ao Paquistão. Embora o conflito entre os dois países se concentre há décadas na disputada região da Caxemira, os bombardeios em cidades paquistanesas são vistos como uma mudança de patamar no confronto entre as potências nucleares do sul da Ásia.

      Islamabad prometeu retaliar. “O Paquistão responderá no momento e lugar de sua escolha”, disse um porta-voz do governo paquistanês. Especialistas avaliam que os ataques realizados por Nova Délhi cumprem um antigo objetivo militar indiano, mas aumentam perigosamente o risco de uma escalada fora de controle entre os dois vizinhos armados com armas nucleares.

      Panorama das acusações mútuas

      Enquanto a Índia acusa o Paquistão de abrigar grupos terroristas que atacam alvos indianos, especialmente na Caxemira, Islamabad contra-ataca dizendo que Nova Délhi apoia insurgências separatistas em solo paquistanês – uma acusação que a Índia nega.

      Tanto a Jaish-e-Mohammed quanto o Lashkar-e-Taiba são classificados como organizações terroristas pelo Conselho de Segurança da ONU. A Jaish afirma realizar apenas atividades educativas e assistenciais no Paquistão e que sua militância é restrita ao território indiano. Nova Délhi, no entanto, sustenta que o grupo mantém campos de treinamento e escolas de doutrinação em território paquistanês.

      O episódio reacende o temor internacional de uma nova guerra entre Índia e Paquistão, agora potencializada pela nova ofensiva militar direta, fora da tradicional zona de conflito da Caxemira.

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