Iêmen afirma ter atingido porta-aviões dos EUA e alvos em Israel com drones e mísseis

247 - Em meio à intensificação dos confrontos no Oriente Médio, as Forças Armadas do Iêmen anunciaram, na quarta-feira (30), uma série de ataques contra alvos militares dos Estados Unidos e de Israel. Segundo o porta-voz militar iemenita, brigadeiro-general Yahya Saree, os ataques incluíram operações com drones e mísseis de cruzeiro contra os porta-aviões norte-americanos USS Carl Vinson e USS Harry S. Truman, além de alvos estratégicos em áreas sob controle israelense.​

As informações foram divulgadas por veículos como o Yemen Press Agency e o Iran Press, que relataram os detalhes das ofensivas iemenitas.​

De acordo com Saree, "realizamos uma operação militar visando o porta-aviões americano Vinson e vários de seus navios de escolta no Mar da Arábia", utilizando múltiplos drones. Ele acrescentou que a ofensiva ocorreu 24 horas após uma operação que teria forçado o USS Harry S. Truman a recuar para o norte do Mar Vermelho, em direção ao Canal de Suez.​

Em relação ao USS Harry S. Truman, Saree afirmou que a operação anterior resultou na derrubada de um caça F/A-18 e na interceptação de um ataque aéreo contra o Iêmen. Ele também mencionou que mísseis e drones iemenitas perseguiram o Truman até o extremo norte do Mar Vermelho.​

Além dos ataques aos porta-aviões, as forças iemenitas realizaram operações com drones do tipo "Yafa" contra alvos militares em áreas sob controle israelense, incluindo Yafa e Ashkelon. Saree declarou: "Realizamos uma operação militar dupla visando locais vitais e militares do inimigo israelense na área ocupada de Yafa, usando três drones do tipo Yafa. Também realizamos uma operação militar contra um alvo vital do inimigo israelense na área ocupada de Ashkelon, usando um drone do tipo Yafa."​

O porta-voz reiterou o compromisso do Iêmen em resistir à agressão e apoiar o povo palestino até que a ofensiva em Gaza cesse e o cerco seja levantado.​

Em paralelo, a Marinha dos EUA confirmou a perda de um caça F/A-18E Super Hornet que caiu no Mar Vermelho após um incidente a bordo do USS Harry S. Truman. Segundo o Business Insider, o jato estava sendo rebocado no hangar do porta-aviões quando a tripulação perdeu o controle, resultando na queda da aeronave e do trator de reboque no mar. Um marinheiro que estava no cockpit conseguiu saltar antes da queda, sofrendo apenas ferimentos leves. A Marinha iniciou uma investigação para apurar as circunstâncias do incidente.

Este episódio ocorre em meio a uma série de operações militares dos EUA contra alvos no Iêmen. Desde meados de março, os Estados Unidos realizaram mais de 800 ataques no país, muitos dos quais atingiram infraestruturas civis. Segundo o Ministério da Saúde do Iêmen, os bombardeios resultaram na morte de pelo menos 123 pessoas, incluindo mulheres e crianças, e deixaram dezenas de feridos.​

Organizações de direitos humanos expressaram preocupação com o aumento das vítimas civis. O Center for Civilians in Conflict (CIVIC) manifestou "grave preocupação" com os relatos de mortes de civis em decorrência dos ataques aéreos dos EUA em áreas controladas pelos Houthis, incluindo Hudaydah e Sana'a.​

Enquanto isso, o governo iemenita alertou o Reino Unido sobre possíveis consequências devido à sua participação nas operações militares ao lado dos EUA e de Israel, referindo-se aos três países como o "trio do mal". O Iêmen prometeu enfrentar a agressão "com toda a sua força".​

As tensões na região continuam a escalar, com as forças iemenitas demonstrando capacidade de atingir alvos estratégicos e as potências ocidentais mantendo suas operações militares. A comunidade internacional observa com apreensão o desenrolar dos acontecimentos e suas implicações para a estabilidade no Oriente Médio.​

(Com informações do portal Al Mayadeen)