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      Hezbollah adverte Israel: "O tempo não é infinito"

      Secretário-geral do Hezbollah alerta que ataques israelenses ao Líbano podem ter resposta militar

      Naim Qassem, secretáriio-geral do Hezbollah. Foto: Reuters (Foto: AZIZ TAHER)
      José Reinaldo avatar
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      247 - O movimento libanês de resistência Hezbollah lançou um duro recado ao governo de Israel em meio à escalada de tensões na fronteira entre os dois países. Em pronunciamento televisionado nesta sexta-feira (18), o secretário-geral do Hezbollah, Naim Qassem, afirmou que o movimento mantém seu direito de responder aos ataques israelenses ao território libanês, caso a diplomacia não traga resultados. A declaração foi transmitida pelo canal de TV libanês Al-Manar e repercutida pela agência Sputnik Internacional.

      “Temos várias opções para escolher, se os ataques continuarem (...) Estamos dando uma chance à diplomacia, mas o tempo não é infinito”, advertiu Qassem, deixando claro que a paciência tem limites diante das ações militares de Israel. 

      O dirigente também abordou a polêmica questão do desarmamento da organização, ponto central nas discussões sobre a estratégia de defesa do Líbano. “As armas dos combatentes da resistência libanesa seriam usadas exclusivamente contra Israel”, disse ele, reafirmando que o Hezbollah e o exército libanês têm um inimigo comum: “Israel”. 

      Qassem apontou o presidente do Líbano, Joseph Aoun, como o responsável por conduzir um eventual diálogo interno sobre a estratégia de defesa nacional, mas rejeitou qualquer imposição externa nesse processo. “O Hezbollah está pronto para participar, mas isso não acontecerá sob pressão dos EUA”, declarou. Para ele, qualquer debate sobre segurança no país deve acontecer sob a condição prévia de que Israel abandone o território libanês e cesse os ataques militares.

      A negativa ao desarmamento do Hezbollah é categórica. “O desarmamento do Hezbollah não será discutido”, afirmou o secretário-geral, rejeitando de antemão qualquer proposta nesse sentido antes de mudanças concretas na postura de Israel.

      O discurso ocorre num momento de crescente tensão ao longo da chamada Linha Azul, a fronteira supervisionada pela ONU entre Israel e o sul do Líbano. Desde o início da guerra de Israel contra os palestinos na Faixa de Gaza, em outubro de 2023, os confrontos entre o exército israelense e o Hezbollah têm se intensificado, elevando o risco de uma escalada regional ainda mais ampla.

      O grupo libanês, que conta com forte presença militar no sul do país, afirma agir em resposta à contínua violação do espaço aéreo libanês por parte de Israel e aos bombardeios contra vilarejos próximos à fronteira. Israel, por sua vez, acusa o Hezbollah de facilitar ataques vindos do território libanês e de manter uma estrutura armada que representa ameaça direta à sua segurança. 

      Neste cenário, a fala de Naim Qassem funciona como um aviso claro de que o Hezbollah não aceitará ivamente uma escalada militar unilateral. Embora ainda se declare disposto ao diálogo interno no Líbano, o Hezbollah sinaliza que está pronto para reagir, caso entenda que a soberania libanesa segue sendo desafiada por Israel. 

      O tom adotado pelo secretário-geral do Hezbollah reflete, ao mesmo tempo, firmeza e cálculo estratégico. A tentativa de ganhar tempo para uma solução política coexistiria com uma disposição real de intensificar a resistência armada, caso não haja recuo israelense. O conflito, portanto, permanece em um ponto de tensão máxima, com poucas garantias de descompressão no curto prazo.

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