Fundador do Fórum Econômico Mundial sugere envolvimento da Ucrânia na sabotagem do Nord Stream em trote com comediantes russos

Sputnik - Klaus Schwab, fundador e presidente executivo do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês) em Davos, itiu durante uma ligação telefônica com os comediantes russos Vovan e Lexus que a Ucrânia pode estar por trás das explosões nos gasodutos Nord Stream, possivelmente com o objetivo de cortar o fornecimento de gás russo à Alemanha.

Vovan e Lexus se aram pelo economista e cientista social francês Jacques Attali quando ligaram para Schwab. A gravação da conversa foi publicada no canal do Telegram da dupla na quarta-feira.

Não há provas de que a Ucrânia seja responsável pelas explosões no Nord Stream 2, mas isso pode ser uma explicação viável, disse Schwab, acrescentando que, nesse cenário, a Ucrânia, não confiando na Alemanha, quis criar uma situação em que esta última fosse fisicamente independente do fornecimento de gás russo.

A adesão da Ucrânia à União Europeia e à Otan é obviamente impossível no momento, mas é necessário manter essa perspectiva, disse o fundador do WEF quando questionado sobre a adesão da Ucrânia aos blocos. Ele também afirmou que a adesão do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy aos valores democráticos deve ser uma condição para a transferência de armas ao país, mesmo que a UE precise pressioná-lo para isso.

Schwab mencionou ainda que, em 2019, o presidente russo Vladimir Putin lhe disse que a Rússia não fazia parte da Europa, pois tinha sua própria identidade, alma e história separadas.

Os gasodutos Nord Stream e Nord Stream 2, construídos para transportar gás sob o Mar Báltico da Rússia para a Alemanha, foram atingidos por explosões em setembro de 2022. A Rússia considera as explosões dos dois gasodutos um ato de terrorismo internacional. Ainda não há resultados oficiais da investigação, mas o jornalista investigativo americano vencedor do Prêmio Pulitzer, Seymour Hersh, publicou um relatório em fevereiro de 2023, alegando que as explosões foram organizadas pelos Estados Unidos com o apoio da Noruega. Washington negou qualquer envolvimento no incidente.