EUA terão que se explicar caso instalem armas no espaço, afirma porta-voz da chancelaria russa
Moscou, em parceria com Pequim e outros países, defende o uso pacífico do espaço e a prevenção de uma corrida armamentista
Sputnik - Os Estados Unidos terão que justificar qualquer tentativa de militarização do espaço, afirmou a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova. Segundo ela, Moscou acompanhará de perto a posição de Washington, dado seu histórico de recuos em compromissos anteriores.
"Se essa situação avançar, eles precisarão dar explicações, pois recentemente disseram que não era necessário expandir a presença militar no espaço", declarou Zakharova em entrevista à Sputnik.
Anteriormente, o bilionário Jared Isaacman, indicado pelo ex-presidente Donald Trump para chefiar a NASA, afirmou que a presença militar dos EUA no espaço será inevitável para proteger os astronautas à medida que o país expande sua atuação na órbita terrestre. Isaacman sugeriu que militares podem ser enviados ao espaço junto com missões à Lua e Marte.
A Bloomberg noticiou que, segundo a Força Espacial dos EUA, o país pretende ativar em 2025 armas projetadas para desativar satélites chineses e russos. Em resposta, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, condenou a militarização do espaço e pediu que Washington cesse seus preparativos militares.
Moscou, em parceria com Pequim e outros países, defende o uso pacífico do espaço e a prevenção de uma corrida armamentista. No entanto, segundo o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, os EUA e seus aliados continuam promovendo o posicionamento de armas no espaço, transformando-o em um novo campo de disputa geopolítica, com Rússia e China como principais adversários.
Ajuda militar à Ucrânia
A situação relativamente aos crimes de guerra cometidos na região de Kursk da Rússia mostrou que Kiev usa as novas tecnologias militares fornecidas pelo Ocidente, em particular pela França, para aterrorizar a população, disse Zakharova.
Anteriormente, o Ministério da Defesa disse que, após a libertação do povoado de Russkoe Porechnoe, os militares russos encontraram civis torturados e mortos nos porões.
"E tudo isso Paris está apoiando, fornecendo armas, dinheiro, apoio político, incentivando. E, é claro, sem condenar esse fato", acrescentou.
Assim, a França apoia oficialmente o neonazismo que prosperou na Ucrânia, afirmou Zakharova.
As entregas de caças ses Mirage 2000 para a Ucrânia estão apenas empurrando a situação para um ime ainda maior para o Ocidente e as autoridades em Kiev, que estão constantemente exigindo dinheiro e armas, disse ela.
O chefe do Ministério da Defesa da França, Sébastien Lecornu, disse nesta quinta-feira (6) que os primeiros caças ses Mirage 2000 chegaram à Ucrânia, sem revelar o número exato de aeronaves transferidas.
Segundo Zakharova, o atual líder ucraniano Vladimir Zelensky já reconheceu que o conflito pode terminar.
"Ele disse que eles não durariam um dia sem a ajuda americana. Você não acha que isso não é nem uma coincidência? "
Ao mesmo tempo, Zakharova lembrou que a Rússia estava aberta ao processo de negociação mesmo antes do início da operação militar especial na Ucrânia, quando Moscou apenas previu a deterioração da situação.
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