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      EUA: Parlamentares democratas criticam cortes de US$ 13 bilhões em despesas não-obrigatórias e ameaçam paralisação orçamentária

      Proposta republicana de orçamento reduz verbas para saúde mental e tratamento de drogas; congresso tem até sexta-feira para evitar paralisação do governo

      Vista do Capitólio em Washington, D.C. 24/11/2024 (Foto: REUTERS/Benoit Tessier/File Photo)
      Luis Mauro Filho avatar
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      247 - O governo dos EUA se aproxima de uma paralisação por falta de acordo no Senado sobre o orçamento federal norte-americano. Conforme reportado pelo Washington Post, os democratas rejeitaram a proposta republicana que prevê cortes de US$ 13 bilhões em programas públicos, incluindo iniciativas de saúde mental, tratamento de abuso de drogas e capacitação profissional.

      O líder da minoria no Senado, Chuck Schumer (D-Nova York), afirmou que os democratas não darão apoio suficiente para que a proposta atinja os 60 votos necessários para superar uma obstrução. Em discurso na tribuna na última quarta-feira (6), Schumer criticou os republicanos por apresentarem o projeto sem qualquer consulta aos democratas. "Os republicanos escolheram um caminho partidário, redigindo sua resolução de continuidade sem qualquer consulta aos democratas no Congresso", afirmou. "Por isso, eles não têm os votos necessários no Senado."

      A proposta dos republicanos, que foi aprovada na Câmara com apoio de apenas um democrata, o deputado Jared Golden (D-Maine), é criticada não apenas pelos cortes em programas sociais, mas também pela forma como foi elaborada sem um processo bipartidário. Schumer e outros senadores democratas pressionam por uma alternativa: um projeto de resolução de 30 dias para manter o governo funcionando até 11 de abril, permitindo tempo para negociação das leis orçamentárias que seguem emperradas no Congresso.

      A incerteza sobre a possibilidade de acordo persiste. Apesar de ameaçarem barrar a proposta republicana, os democratas não descartaram totalmente um compromisso que impeça a paralisação. Uma das alternativas em discussão seria a aprovação de emendas no Senado para modificar os pontos mais polêmicos do projeto.

      Entre os senadores democratas, a estratégia de bloquear o projeto republicano divide opiniões. Para alguns, a paralisação do governo poderia fortalecer Donald Trump e seus aliados, dando ao ex-presidente mais controle sobre quais serviços federais seriam considerados essenciais e quais poderiam ser suspensos. "Se você fecha o governo, ele decide o que é essencial", alertou o senador John Hickenlooper (D-Colorado). "Ele é quem decide quais áreas do governo continuam funcionando e quais são fechadas. De certa forma, isso dá ainda mais poder a ele."

      A mobilização contra a proposta republicana também ocorre fora do Congresso. Ativistas liberais pressionam os democratas para que não cedam às demandas do Partido Republicano. A deputada Alexandria Ocasio-Cortez (D-Nova York) convocou seus seguidores para ligarem para os senadores democratas e exigirem resistência à proposta. "Eles estão começando a ceder", escreveu em sua conta na rede social X.

      O senador Chris Murphy (D-Connecticut), que também se posicionou contra a proposta, alertou para os impactos políticos caso os democratas apoiem o projeto republicano, mesmo discordando dele. "Acredito que as táticas que usamos aqui dentro desta casa importam. Elas têm um efeito cascata", disse Murphy. "E quando lutamos com força aqui, as pessoas lutam com ainda mais força em todo o país."

      Enquanto as negociações continuam, a possibilidade de um shutdown permanece. Com os republicanos na Câmara se recusando a buscar um novo acordo e os democratas no Senado insistindo na necessidade de ajustes, o ime pode levar à suspensão de serviços governamentais já nos próximos dias. Caso não haja um acordo até sexta-feira, milhares de funcionários públicos federais podem ser afetados, ampliando a pressão para uma solução de última hora.

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