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      EUA ampliam sanções na Ásia e colocam mais de 50 empresas chinesas em lista restritiva de exportações

      Medida é vista por Pequim como abuso de poder comercial e ocorre em meio a disputas tecnológicas e diplomáticas com Washington

      Trump fala a jornalistas no Salão Oval da Casa Branca 26/03/2025 (Foto: REUTERS/Evelyn Hockstein)
      Luis Mauro Filho avatar
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      247 - O governo dos Estados Unidos incluiu mais de 50 empresas chinesas em sua chamada “lista de entidades”, instrumento utilizado para restringir o o de companhias estrangeiras a tecnologias norte-americanas. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (27) pelo Bureau de Indústria e Segurança (BIS) do Departamento de Comércio dos EUA e repercutida por agências internacionais.

      Segundo as autoridades norte-americanas, a inclusão tem como base “preocupações de segurança nacional” e mira companhias supostamente envolvidas na obtenção de tecnologias sensíveis, como inteligência artificial, supercomputação e sistemas quânticos, com potenciais aplicações militares. Além de empresas chinesas, foram listadas entidades do Irã, Paquistão, África do Sul, Emirados Árabes Unidos e Taiwan, totalizando cerca de 80 novas adições.

      As sanções impõem severas restrições às exportações, reexportações ou transferências de produtos e tecnologias de origem americana para essas empresas, que agora dependem de autorizações especiais para qualquer operação envolvendo propriedade intelectual ou insumos dos EUA.

      A medida representa mais um capítulo na escalada das tensões entre Washington e Pequim no campo tecnológico. Entre as companhias chinesas afetadas estão seis subsidiárias do Inspur Group, gigante do setor de computação em nuvem e big data, já alvo de sanções anteriores, além da Academia de Inteligência Artificial de Pequim (BAAI), organização privada sem fins lucrativos voltada à pesquisa científica.

      A BAAI reagiu duramente à decisão: “Estamos chocados que uma instituição privada de pesquisa científica sem fins lucrativos tenha sido adicionada à lista de entidades. Nós nos opomos fortemente a essa decisão errada sem nenhuma base factual e pedimos aos departamentos relevantes dos EUA que a retirem”, afirmou a entidade em nota oficial.

      De acordo com o Departamento de Comércio norte-americano, a BAAI e a empresa Beijing Innovation Wisdom Technology estariam desenvolvendo modelos de inteligência artificial e chips de uso militar, configurando risco ao controle de tecnologias de uso dual — isto é, com finalidade civil e militar.

      O Ministério das Relações Exteriores da China condenou publicamente a iniciativa e classificou a medida como “um abuso destinado a suprimir injustamente as empresas chinesas”. Em pronunciamento oficial, a chancelaria afirmou que continuará monitorando a situação e adotará “as medidas necessárias para proteger os direitos e interesses legítimos” das empresas afetadas.

      A “lista de entidades” é uma das ferramentas mais relevantes da política comercial dos EUA, e desde 2019 tem sido usada com frequência crescente para limitar o avanço de setores estratégicos chineses, como o de semicondutores, redes 5G e tecnologias de inteligência artificial com aplicação militar. Casos emblemáticos incluem as sanções impostas à Huawei, à ZTE e a diversos fabricantes de chips.

      Embora os EUA aleguem que as ações visam impedir a transferência de tecnologias críticas para potenciais adversários, o governo chinês tem denunciado essas medidas como uma forma de contenção econômica disfarçada de política de segurança.

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