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      Do abacate aos automóveis, veja o que deve ficar mais caro para os americanos com ‘tarifaço’ de Trump

      Custo de alimentos, eletrônicos e automóveis pode subir com sobretaxas a México, Canadá e China

      (Foto: Reprodução/Instagram)
      Camila França avatar
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      247 - Do abacate no brunch aos automóveis e eletrônicos, uma ampla gama de produtos consumidos nos Estados Unidos pode ficar mais cara com a nova rodada de tarifas sobre importações imposta pelo governo de Donald Trump. Conforme reportado pelo O Globo, a medida prevê um acréscimo de 25% nas tarifas de bens vindos do México e Canadá, além de uma sobretaxa de 10% sobre produtos chineses. A decisão pode elevar ainda mais a inflação e impactar diretamente o bolso das famílias norte-americanas.

      A Casa Branca confirmou que as tarifas entraram em vigor neste sábado (01), mas não detalhou se todos os produtos importados desses países foram atingidos. Trump indicou que setores específicos, como o farmacêutico e o siderúrgico, podem ser os mais afetados. Em relação ao petróleo importado do México e Canadá, o presidente sinalizou que a tarifa pode ser reduzida.

      Os países vizinhos dos EUA são fundamentais para a segurança alimentar do país. Em 2023, as importações agrícolas americanas chegaram a US$ 196 bilhões, sendo que México e Canadá responderam por US$ 83 bilhões desse total, segundo dados do Departamento de Agricultura dos EUA.

      O México é responsável por grande parte das frutas e vegetais consumidos nos EUA, setor que movimentou US$ 11,4 bilhões em novembro de 2023. O Canadá, por sua vez, lidera as exportações de grãos, carnes, aves e produtos tropicais, como o açúcar. Somente em grãos, o volume negociado entre os países foi de US$ 8,6 bilhões, enquanto a carne somou US$ 7 bilhões no período.

      As novas tarifas devem pressionar ainda mais os orçamentos familiares. Com supermercados operando com margens de lucro reduzidas, os aumentos de custo tendem a ser reados rapidamente aos consumidores.

      Produtos específicos devem sentir o impacto imediato. Os tomates-cereja, por exemplo, que têm o Canadá como maior fornecedor, podem subir de preço. O mesmo ocorre com o abacate, essencial para o guacamole e torradas populares entre os americanos. Hoje, mais de 80% dos abacates consumidos nos EUA vêm do México. A cadeia de suprimentos dos supermercados também pode ser prejudicada, especialmente durante o inverno, quando os EUA dependem ainda mais das importações.

      Até o xarope de bordo, típico dos cafés da manhã americanos, pode sofrer reajustes. Apenas Canadá e México produzem a iguaria em escala comercial, e mais de 60% da produção canadense vai para os EUA, segundo o Departamento de Agricultura do Canadá. A tequila também pode encarecer. A bebida, que conquistou o mercado nos EUA e atraiu até celebridades como George Clooney e Kendall Jenner, é produzida exclusivamente no México.

      Os impactos vão muito além dos supermercados. O México e o Canadá são dois dos maiores parceiros comerciais dos EUA, fornecendo automóveis, peças, eletrônicos e combustíveis. Em 2023, os EUA importaram US$ 467 bilhões em produtos do México e US$ 337 bilhões do Canadá, segundo o Departamento de Comércio.

      A China também será atingida pela medida. No primeiro mandato de Trump, o governo americano já havia imposto tarifas sobre diversos produtos industriais chineses, e as sobretaxas foram mantidas por Joe Biden em resposta a práticas comerciais consideradas desleais. Agora, bens de consumo que antes foram poupados, como smartphones, podem ser taxados em 10%.

      Os brinquedos também estão na mira. Segundo a Toy Association, mais de 80% dos brinquedos vendidos nos EUA são fabricados na China. Como exemplo, a fabricante Basic Fun estima que os caminhões da marca Tonka, que hoje custam US$ 29,99, podem subir para até US$ 39,99 com a nova tarifa.

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