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      Cuba e Irã reforçam aliança diante de sanções e ofensiva dos EUA

      Em encontro em Havana, líderes de ambos os países condenam a arrogância global e defendem maior cooperação entre nações independentes

      Mohamed Qalibaf, presidente do parlamento do Irã, e Díaz Canel, presidente de Cuba (Foto: Prensa Latina )
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      247 - O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e o presidente do Parlamento do Irã, Mohammad Baqer Qalibaf, reuniram-se nesta terça-feira (3), em Havana, com o objetivo de aprofundar os laços estratégicos entre os dois países, ambos alvos de severas sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos. A visita de Qalibaf à ilha faz parte de seu giro pela América Latina. A informação é da agência cubana Prensa Latina e do canal iraniao Hispan TV, que destacaram o teor político do encontro e a convergência entre os dois líderes em torno da defesa da soberania nacional, da resistência ao imperialismo e da solidariedade internacional entre os países sancionados.

      Durante a reunião no Palácio da Revolução, Qalibaf foi incisivo em suas críticas ao papel dos EUA na geopolítica atual. “Na situação mundial de hoje, os Estados Unidos estão tomando ações unilaterais contra todos os países e apoiando os crimes do regime sionista israelense”, afirmou. Para o parlamentar iraniano, é urgente que as nações independentes enfrentem essa política para preservar sua liberdade: “Os países oprimidos pelos Estados Unidos devem permanecer unidos”.

      O presidente cubano, por sua vez, agradeceu o apoio histórico do Irã nas votações das Nações Unidas contra o bloqueio econômico dos EUA e condenou a interferência estadunidense nos assuntos internos da República Islâmica. “Acreditamos que a retirada dos EUA do Plano de Ação Integral Conjunto foi um erro, e que o uso de energia nuclear para fins pacíficos é um direito da República Islâmica do Irã, e reconhecemos isso”, declarou Díaz-Canel.

      Ele também destacou a importância da continuidade dos acordos assinados em 2023, quando o então presidente iraniano Ebrahim Raisi visitou Havana. “Esses encontros são muito importantes e necessários. Temos que continuar e desenvolver nossa cooperação com base no que foi acordado”, acrescentou.

      Qalibaf reiterou que o Irã vê Cuba como um parceiro estratégico na luta contra o que chamou de “arrogância global”. Segundo ele, fóruns como a Organização de Cooperação de Xangai, os BRICS, o D8 e a Comunidade Econômica da Eurásia representam uma nova configuração geopolítica que dá aos países do Sul Global alternativas reais ao sistema de dominação ocidental. “A abordagem da República Islâmica do Irã é desenvolver relações com países que se opõem aos Estados Unidos […] esta é a abordagem do Líder da Revolução [aiatolá Seyed Ali Khamenei] e ela não mudará”, frisou.

      O presidente da Assembleia Consultiva Islâmica do Irã também aproveitou a oportunidade para enviar cumprimentos ao general Raúl Castro e ao presidente recém-eleito Masoud Pezeshkian, além de reiterar o convite para uma futura visita do líder cubano a Teerã.

      A delegação iraniana foi recebida com honras e manteve conversações com autoridades cubanas, incluindo Esteban Lazo, presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular. As autoridades destacaram o papel dos parlamentos na promoção da solidariedade entre os povos, na resistência às medidas coercitivas unilaterais e no incentivo a acordos bilaterais em áreas como energia, biotecnologia, saúde e educação.

      “O verdadeiro poder está na vontade das nações, não nas sanções”, disse Qalibaf em sua agem anterior pela Venezuela, reafirmando a diretriz diplomática de Teerã de se aproximar dos países que se opõem à hegemonia ocidental.

      A visita a Havana ocorre em um momento de intensificação dos laços entre os membros do BRICS e seus parceiros estratégicos. A presença iraniana no fórum parlamentar que ocorrerá no Brasil é simbólica da aposta do país em uma ordem multipolar, com base no respeito mútuo, na autodeterminação dos povos e na cooperação econômica soberana.

      A reunião entre Qalibaf e Díaz-Canel expressa, portanto, mais do que uma aliança bilateral: é uma demonstração clara de que países submetidos a sanções e campanhas de desestabilização encontram no diálogo Sul-Sul um caminho de resistência e construção de alternativas. Em tempos de recrudescimento das tensões internacionais, Cuba e Irã reforçam seu compromisso com a soberania nacional e a solidariedade internacional.

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