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      Crise na OMS ameaça atendimento médico em dezenas de países, alerta diretor-geral

      Com rombo de US$ 600 milhões e saída dos EUA, organização projeta cortes de 21% no orçamento e teme impacto na saúde de milhões

      O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom se emociona ao falar das condições infernais provocadas pelo genocídio israelense em Gaza Photo (Foto: DENIS BALIBOUSE/REUTERS)
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      247 - A Organização Mundial da Saúde (OMS) enfrenta uma de suas maiores crises financeiras em décadas e já sente os efeitos dramáticos dos cortes no financiamento internacional. Segundo reportagem da Reuters, assinada por Manuel Ausloos, o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta segunda-feira (19) que milhões de pessoas em pelo menos 70 países estão sendo diretamente afetadas, perdendo o a tratamentos de saúde e assistência médica básica.“Muitos ministros me disseram que cortes repentinos e drásticos na ajuda bilateral estão causando graves perturbações em seus países e colocando em risco a saúde de milhões de pessoas. Em pelo menos 70 nações, pacientes estão perdendo tratamentos, unidades de saúde fecharam, profissionais de saúde perderam seus empregos e as pessoas enfrentam um aumento nos gastos com saúde”, alertou Tedros, durante a 78ª Assembleia Mundial da Saúde, realizada em Genebra, na Suíça.

      A OMS atualmente opera com um déficit de US$ 600 milhões em seu orçamento anual. Para os próximos dois anos, a organização prevê uma redução de 21% nos gastos — medida que deve resultar em demissões e encolhimento das operações em diversos países vulneráveis.O cenário se agrava diante da iminente retirada dos Estados Unidos, até então o principal doador da entidade. Com a saída americana, a China deve assumir o posto de maior financiadora estatal, por meio do pagamento das chamadas “taxas estatais”, uma das principais fontes de receita da OMS ao lado das contribuições voluntárias.A crise levou centenas de funcionários da organização, representantes diplomáticos e doadores internacionais a se reunirem em Genebra a partir desta semana para buscar alternativas. 

      O desafio é manter o enfrentamento a emergências de saúde que vão desde surtos de cólera e micose até doenças crônicas, como o HIV, cuja distribuição de tratamentos também está ameaçada.Em documento interno divulgado recentemente, a própria OMS já antecipava a necessidade de cortar postos de trabalho e reduzir significativamente suas operações. A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) também manifestou preocupação com os impactos diretos na oferta de medicamentos e tratamentos em países mais pobres, especialmente na África e na Ásia.Diante do cenário, Tedros apelou por mais comprometimento internacional e alertou para as consequências humanitárias de um sistema de saúde global desestruturado: “Estamos diante de uma situação em que os mais vulneráveis estão pagando o preço pelas decisões de financiamento tomadas nos centros de poder. Precisamos de solidariedade e ação urgente”.

      A 78ª Assembleia da OMS, que segue ao longo da semana, deve ser marcada por intensas negociações políticas e pela tentativa de redesenhar o modelo de financiamento da entidade, diante de um cenário geopolítico cada vez mais fragmentado.2/24o

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