Conselho Nacional Palestino acusa Israel de genocídio e limpeza étnica e pede o fim do bloqueio à Faixa de Gaza
Palestinos denunciam crimes de guerra israelenses em Gaza e exigem ação internacional
247 - O Conselho Nacional Palestino fez fortes acusações contra Israel nesta quarta-feira (23), argumentando que o país está cometendo crimes de guerra e crimes contra a humanidade na Faixa de Gaza. De acordo com a organização, mais de 51.000 palestinos perderam a vida desde outubro de 2023 em uma série de ataques aéreos e bombardeios, muitos deles direcionados a áreas civis e locais de abrigo.
A acusação foi feita em um comunicado oficial, no qual o Conselho denunciou a escalada das hostilidades por parte do governo israelense, que, segundo a organização, está conduzindo uma política de genocídio e limpeza étnica. A denúncia foi intensificada após os recentes ataques israelenses contra o campo de refugiados de Jabalia e a vizinha Cidade de Gaza, onde tendas de deslocados foram bombardeadas.
"O silêncio da comunidade internacional não é mais mera cumplicidade, mas sim uma associação declarada com os crimes de genocídio e limpeza étnica contra nosso povo", afirma o comunicado, refletindo a profunda indignação da liderança palestina diante da falta de uma resposta efetiva da comunidade internacional.
O Conselho Nacional Palestino fez um apelo urgente para que a comunidade global cumpra o direito internacional humanitário e tome medidas decisivas para pôr fim à agressão. “Instamos o mundo a cumprir o direito internacional humanitário e os tratados", conclui o texto, ressaltando a necessidade de ações imediatas para evitar mais mortes e destruição.
Além disso, em um contexto de crescente escassez de recursos e agravamento das condições de vida na região, o Conselho pediu que o bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza seja imediatamente quebrado. O bloqueio tem impedido a entrada de alimentos, medicamentos, combustível e outros bens essenciais, agravando a crise humanitária na região, que já afeta mais de dois milhões de palestinos. "O mundo deve intervir para quebrar o cerco injusto e mortal imposto à Faixa de Gaza há meses, que transformou a vida de mais de dois milhões de pessoas em um inferno inável", afirma o comunicado.
A situação em Gaza continua a ser uma das mais graves crises humanitárias da atualidade, e as acusações de crimes de guerra e genocídio, juntamente com o pedido por intervenção internacional, refletem a crescente frustração e desespero das autoridades palestinas diante da contínua violência e bloqueio. A pressão sobre a comunidade internacional para que tome uma posição mais firme em relação à agressão israelense tende a aumentar, especialmente com o agravamento da crise e o número de mortos cada vez maior.
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