Assassino de CEO da UnitedHealthcare é tratado como herói por parte dos estadunidenses
No lugar de esforços para capturar o assassino, surgiram manifestações que demonstram empatia com o atirador
247 - As autoridades de Nova York estão enfrentando uma busca desafiadora e polêmica para capturar o responsável pelo assassinato de Brian Thompson, executivo da UnitedHealthcare, morto na última quarta-feira em frente ao hotel New York Hilton Midtown. A informação é da Folha de S.Paulo. Thompson, casado e pai de dois filhos, tornou-se o centro de uma investigação que ultraa os limites de uma simples apuração criminal, revelando camadas de insatisfação social e glorificação do crime por alguns setores da internet.
A morte de Thompson, ocorrida por volta das 6h45, foi seguida por uma fuga do atirador, que deixou para trás uma trilha de evidências, incluindo uma mochila abandonada no Central Park e cápsulas de bala com mensagens escritas. “Destituir”, “negar” e “atrasar” estavam rabiscados nas cápsulas, palavras que, segundo analistas, podem ser uma referência às práticas controversas das seguradoras de saúde para evitar pagamentos de sinistros.
Essa peculiaridade parece ter despertado apoio ao atirador em redes sociais, onde parte do público expressa frustração com o sistema de saúde norte-americano. “A retórica na internet deixou os especialistas bastante perturbados pela glorificação do assassinato de Brian Thompson e pela glorificação do atirador”, afirmou Alex Goldenberg, conselheiro sênior do Network Contagion Research Institute, que monitora ameaças online.
Reação ao crime: críticas ao sistema e solidariedade ao criminoso
O crime não apenas mobilizou esforços policiais intensos, mas também gerou uma resposta online incomum. Enquanto em casos anteriores detetives amadores uniam forças para ajudar na resolução de crimes, dessa vez a mobilização cívica foi tímida.No lugar de esforços para capturar o assassino, surgiram manifestações que demonstram empatia com o atirador.
O albergue no Upper West Side, onde o suspeito teria se hospedado, foi alvo de críticas negativas por colaborar com a polícia, sendo chamado de “dedo-duro” por usuários. Isso reflete um clima de polarização, em que a cooperação com as autoridades pode ser vista como traição por parte de alguns grupos.
Investigação em curso
Até o momento, a identidade do atirador permanece desconhecida, mas a polícia divulgou imagens de câmeras de segurança que mostram o suspeito circulando pela cidade e entrando em uma rodoviária. Acredita-se que ele tenha deixado Nova York pouco depois do crime.
Apesar das evidências encontradas, incluindo uma garrafa de água com DNA na cena, o caso ainda está longe de ser solucionado. A mistura de detalhes perturbadores e uma reação pública inesperada transforma esse episódio em um espelho das tensões sociais contemporâneas.
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