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      Alepo é um velho objetivo dos Estados Unidos e ataque à Síria visa desestabilizar o eixo da resistência, diz Pepe Escobar

      Analista aponta coordenação imperialista e alerta para implicações geopolíticas

      (Foto: Brasil247)

      247 – Diretamente de Paris, o jornalista e analista geopolítico Pepe Escobar publicou uma análise sobre a recente ofensiva jihadista contra a cidade de Alepo, na Síria. Ele afirmou que o ataque reflete uma complexa articulação entre Estados Unidos, Israel, Turquia e grupos jihadistas, com graves consequências para o equilíbrio geopolítico na Ásia Ocidental.

      “A conquista de Alepo é um projeto americano há muito tempo”, afirmou Escobar. Ele destacou que a ofensiva foi precedida por encontros estratégicos entre altos representantes de inteligência israelense, turca e da OTAN, que coordenaram a ação em conjunto com grupos jihadistas. Segundo ele, esses atores visam desestabilizar o chamado "Eixo da Resistência" — uma aliança formada por Irã, Síria, Hezbollah e Rússia —, isolando o Irã de suas conexões estratégicas com o Líbano e o Mediterrâneo Oriental.

      O papel da Turquia e a traição no processo de Astana

      Escobar também apontou para a contradição do papel turco nesse cenário. Oficialmente, a Turquia é uma mediadora no processo de paz da Síria, conduzido com o apoio de Rússia e Irã. Contudo, o analista acusa o governo de Recep Tayyip Erdogan de facilitar a agem de terroristas pela fronteira e armar os grupos jihadistas que lideraram o ataque.

      “Nenhum desses jihadistas pode acender um fósforo sem que a inteligência turca saiba. É claro que há um apoio implícito”, acusou. Ele também sugeriu que a Turquia pode estar sendo usada para enfraquecer suas relações com os outros parceiros do processo de Astana, gerando desconfiança e divisão.

      Tecnologia de guerra e interesses globais

      O analista ainda expôs a colaboração tecnológica entre jihadistas sírios e neonazistas ucranianos, que teria resultado no uso de drones kamikaze, sistemas de guerra eletrônica e inteligência artificial para desmantelar a comunicação do exército sírio. Esse intercâmbio reforça a conexão entre os conflitos na Síria e na Ucrânia, compondo, segundo Escobar, uma estratégia unificada das “guerras eternas” promovidas pelos Estados Unidos e seus aliados.

      A ofensiva jihadista resultou na tomada de grande parte de Alepo em apenas 48 horas, deixando o governo sírio e seus aliados em uma posição delicada. “Se os Estados Unidos e Israel conseguirem realizar seu projeto de mudança de regime em Damasco, bloqueiam o o do Irã ao Mediterrâneo e garantem um vassalo estratégico na Síria”, alertou Escobar.

      Ele também criticou o congelamento da guerra na região de Idlib em 2020, que permitiu a concentração de milhares de jihadistas na área, fortalecendo-os para ataques futuros.

      “A Síria é o novo front de uma guerra que não vai acabar tão cedo. O que achávamos resolvido em 2020 apenas adiou o inevitável. Agora, as forças de Damasco terão que reconquistar Alepo em um processo extremamente difícil e custoso”, concluiu. Assista:

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