Albert Ramdin, do Suriname, é eleito secretário-geral da OEA
Diplomatas de outras nações da CARICOM expressaram esperança de que a nomeação de Ramdin, do Suriname, impulsione a diversidade
(Reuters) - A Organização dos Estados Americanos (OEA) elegeu nesta segunda-feira o ministro das Relações Exteriores do Suriname, Albert Ramdin, como seu novo secretário-geral até 2030. Ele sucede o diplomata uruguaio Luis Almagro e se torna o primeiro líder caribenho a ocupar o cargo.
Ramdin, de 66 anos, atua como principal diplomata do Suriname desde 2020 e foi secretário-geral assistente da OEA por dois mandatos, de 2005 a 2015.
Ele defendeu maior eficiência na organização e destacou a necessidade de um apoio mais robusto ao Haiti, que enfrenta um conflito contra gangues armadas com ajuda internacional limitada.
"Esta é a primeira vez na história da OEA que um representante do Caribe é eleito secretário-geral", disse o governo do Suriname em um comunicado.
"É uma grande honra para o Suriname que nosso candidato tenha recebido o apoio da vasta maioria dos estados-membros."
O presidente do Suriname, Chan Santokhi, elogiou a "serenidade confiante" de Ramdin como um conselheiro de confiança e diplomata habilidoso.
O Suriname está localizado no continente sul-americano, mas mantém laços diplomáticos mais estreitos com a Comunidade do Caribe (CARICOM).
O país se opôs às sanções de Washington contra a Venezuela e apoiou a vizinha Guiana em uma disputa territorial com a Venezuela pela região fronteiriça de Esequibo.
O governo da Venezuela anunciou em 2017 que iniciaria um processo para deixar a OEA, mas a organização desde então reconheceu representantes da oposição política do país. Atualmente, a Venezuela não tem um representante na OEA, sediada em Washington.
Diplomatas de outras nações da CARICOM expressaram esperança de que a nomeação de Ramdin impulsione a diversidade e a representação dos países menores do Caribe, que enfrentam desafios urgentes relacionados a dívidas elevadas, crimes com armas de fogo e mudanças climáticas.
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