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      Agência Moody's rebaixa Israel diante do caos econômico produzido por Netanyahu com suas guerras

      O país já gastou US$ 67 bilhões com sua máquina de guerra, entrou em recessão e não tem estratégia para encerrar o conflito

      Benjamin Netanyahu discursa na Assembleia Geral da ONU, 27 de setembro de 2024 (Foto: EDUARDO MUNOZ/REUTERS)

      247 – Nesta última sexta-feira, a agência de classificação de risco Moody's reduziu, pela segunda vez este ano, a nota de crédito de Israel, agora em dois níveis, citando o agravamento da situação militar com o grupo Hezbollah, no Líbano, e a falta de uma estratégia de saída clara para o conflito. A classificação caiu de A2 para Baa1, elevando as preocupações de que tanto os riscos políticos internos quanto os geopolíticos estão aumentando, o que pode ter "consequências negativas materiais para a solvência do país, tanto no curto quanto no longo prazo". O rebaixamento também reflete o impacto fiscal significativo que a guerra tem gerado sobre a economia israelense.

      O cenário fiscal de Israel piorou consideravelmente desde que o conflito com o Hamas eclodiu em 7 de outubro, resultando em elevados custos de guerra, que já ultraam NIS 250 bilhões (cerca de US$ 67,6 bilhões). O Hezbollah intensificou os ataques ao longo da fronteira com Israel, em apoio aos palestinos na Faixa de Gaza, o que elevou a percepção de risco entre os investidores.

      Moody's expressou preocupações em sua avaliação: "Com o aumento dos riscos de segurança, não esperamos mais uma recuperação econômica rápida e forte, como em conflitos anteriores", destacou a agência. “Em vez disso, uma recuperação econômica mais lenta, em conjunto com uma campanha militar prolongada, impactará mais profundamente as finanças públicas, adiando a estabilização da relação dívida/PIB”.

      Além disso, a agência manteve uma perspectiva negativa, alertando para possíveis novos rebaixamentos caso o conflito com o Hezbollah se intensifique. Esse risco se mostrou ainda mais iminente após um ataque de Israel a Beirute, que teria como alvo o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, levantando temores de uma escalada total.

      O conflito com o Hamas e o Hezbollah já levou as três maiores agências de crédito – Moody’s, S&P e Fitch – a revisarem a classificação soberana de Israel para baixo. Além disso, o aumento dos gastos militares e civis está criando um déficit orçamentário que preocupa os investidores e o governo israelense. Segundo a Moody’s, "a escalada significativa no risco geopolítico também aponta para uma qualidade institucional reduzida em Israel, que não conseguiu mitigar totalmente os impactos sobre os indicadores fiscais do país".

      O governo israelense, pressionado a equilibrar os gastos, terá que enfrentar desafios fiscais severos, como cortes orçamentários e possíveis aumentos de impostos. A nota da Moody's ressalta que o déficit fiscal de Israel chegou a 8,3% do PIB em agosto, ultraando a meta anual de 6,6%. Uma medida orçamentária preliminar para 2025 foi apresentada, com um déficit previsto de 4% do PIB, mas a eficácia dessas políticas ainda está por ser comprovada.

      Essa crise econômica, somada à incerteza quanto à resolução dos conflitos armados, impõe um fardo substancial sobre a recuperação econômica de Israel, cuja taxa de crescimento projetada para 2024 foi drasticamente reduzida para 0,5%, com previsão de apenas 1,5% para o ano seguinte.

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