window.dataLayer = window.dataLayer || []; window.dataLayer.push({ 'event': 'author_view', 'author': 'Leonardo Lucena', 'page_url': '/meioambiente/desastres-naturais-e-emergencias-governo-anuncia-medidas-para-aprimorar-cooperacao-entre-forcas-de-seguranca' });
TV 247 logo
      HOME > Meio Ambiente

      Desastres naturais e emergências: governo anuncia medidas para aprimorar cooperação entre forças de segurança

      O Ministério da Justiça e Segurança Pública fez um alerta para o 'aumento da frequência e da gravidade de enchentes, queimadas e deslizamentos'

      Ricardo Lewandowski (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)
      Leonardo Lucena avatar
      Conteúdo postado por:

      247 - A Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), lançou o programa Resposta em Operações Integradas para Atuação em Situações de Desastres (Respad), em evento que ocorreu na sede da Polícia Federal, em Brasília (DF). De acordo com o MJSP, o objetivo é “aprimorar a coordenação entre os Corpos de Bombeiros Militares, as forças de segurança pública, a Defesa Civil e os demais órgãos responsáveis pela gestão de crises para, assim, garantir maior eficiência no enfrentamento de desastres naturais”. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira (13).

      O ministério afirmou que, “diante do aumento da frequência e da gravidade de eventos como enchentes, queimadas e deslizamentos, o Respad busca estruturar um modelo nacional baseado na cooperação interinstitucional para aprimorar o preparo das equipes e melhorar a atuação integrada em situações emergenciais”.

      O Brasil teve recorde de ocorrências de desastres hidrológicos e geo hidrológicos em 2023, de acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Foram registrados 1.161 eventos de desastres, sendo 716 associados a eventos hidrológicos, como transbordamento de rios, e 445 de origem geológica, como deslizamentos de terra.

      Em relação aos alertas de desastres, o Cemaden emitiu um total de 3.425 alertas para os municípios monitorados ao longo do ano ado, sendo 1.813 alertas hidrológicos e 1.612 alertas geo hidrológicos. É o terceiro maior quantitativo de emissão de alertas de desastres desde a criação do Centro em 2011.

      Foram registradas 132 mortes associadas a eventos relacionados a chuvas, com 9.263 pessoas feridas ou enfermas, e 74 mil desabrigados. No total, 524 mil pessoas ficaram desalojadas (saíram de suas casas, mas estão morando com parentes ou amigos). As regiões mais afetadas foram o Sul do país, municípios de regiões metropolitanas das grandes capitais, vale do Maranhão, sudeste do Pará e municípios ribeirinhos do rio Amazonas.

      Em termos de danos materiais foram mais de R$ 5 bilhões em obras de infraestrutura e instalações públicas, e unidades habitacionais.  Os prejuízos econômicos informados pelo sistema se aproximam de R$ 25 bilhões, somadas as áreas pública e privada.

      Mais preocupações

      Em janeiro de 2024, um levantamento da Casa Civil e do Ministério das Cidades aponta que 1.942 cidades brasileiras têm parte da população em regiões suscetíveis a deslizamentos, enxurradas e enchentes. O número representa 34% do total de municípios brasileiros, que chegam a mais de 5,5 mil. A quantidade também foi 136% maior que a identificada em um levantamento de 2012 pela Casa Civil.

      Segundo a mesa-redonda "Crise climática e desastres como consequência do El Niño 2023-2024: impactos observados e esperados no Brasil", promovida pela Academia Brasileira de Ciência, o Brasil está entre os 10 países com a maior área atingida por deslizamentos de terra. Foram registradas 5 mil ocorrências fatais que afetaram a vida de mais de 300 mil pessoas nos últimos 20 anos. Dos 5,5 mil municípios brasileiros, mais de 4 mil deles não têm sistema de alerta de desastres.

      No caso das estatísticas das queimadas, o Brasil registrou 278.229 focos de incêndio durante todo o ano de 2024. De acordo com o programa BD Queimadas, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), os focos de incêndio subiram 46% na comparação com 2023 .

      O secretário Nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo, ressaltou a importância da institucionalização de uma estrutura coordenada para respostas a desastres. “Precisávamos estruturar um modelo que permitisse prover, financiar, coordenar e garantir uma pronta resposta para salvar vidas, proteger o patrimônio e assegurar que o Governo Federal atue com rapidez diante de grandes desastres, especialmente os decorrentes das mudanças climáticas”, disse.

      A proposta é coordenada pela Senasp, em parceria com o Conselho Nacional de Comandantes-Gerais dos Corpos de Bombeiros. Por se tratar de uma pauta transversal, há uma agenda prevista para outras parcerias, como Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, Ministério do Meio Ambiente, Ministério da Defesa, Ministério das Relações Exteriores, Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

      Estratégia

      O diretor de Operações Integradas e de Inteligência, da Senasp, Rodney da Silva, reforçou a necessidade de colaboração entre as instituições para o sucesso do projeto. “Vamos atuar em parceria com cada órgão envolvido para construir, de forma coletiva, um dos maiores projetos de prevenção e resposta a desastres do País”, explicou.

      De acordo com o dirigente, o Respad não se limita à gestão de crises, mas tem um foco na prevenção de desastres. “Nosso principal objetivo é estabelecer um modelo eficiente de coordenação, comando e controle para garantir um planejamento estratégico eficaz para a gestão de crises e prevenção de desastres”, afirmou.

      Principais eixos do Respad

      - Operações integradas: implementação de um modelo unificado de coordenação, comando e controle que utilize o Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN) para garantir respostas ágeis e eficazes.

      - Capacitação e treinamento: formação contínua dos profissionais, com ênfase na qualificação técnica dos Corpos de Bombeiros Militares e demais forças de segurança.

      - Diretrizes operacionais e guias técnicos: padronização dos protocolos de resposta, assegurando uma atuação coordenada e eficiente em todo o território nacional.

      - Modernização e investimentos: aquisição de equipamentos e tecnologias que aumentem a capacidade de resposta e a segurança das equipes.

      - Mapeamento e diagnóstico: levantamento detalhado sobre a sazonalidade dos desastres e a estrutura das forças de resposta no Brasil, subsidiando ações estratégicas e preventivas.

      ❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com [email protected].

      ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

      Rumo ao tri: Brasil 247 concorre ao Prêmio iBest 2025 e jornalistas da equipe também disputam categorias

      Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

      Cortes 247

      Relacionados